sexta-feira, maio 02, 2008

UMA ECONOMIA EXPORTADORA NA PRÁTICA.

Uma economia exportadora na prática
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de Maio de 2008 - O Estado de São Paulo, com mais de 40 milhões de habitantes, responde por 33,4% do PIB e 22% de toda a população economicamente ativa do Brasil. Também é responsável por 30% das exportações do País, e 35% de suas vendas ao exterior referem-se a bens de alta tecnologia e valor agregado, como aviões e automóveis, além de açúcar e suco de laranja. Do total de produtos comercializados pelas empresas paulistas em outros países, 91% são processados pela indústria.
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Esse setor é representado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entidade dedicada não só à defesa e progresso da atividade manufatureira, como também ao desenvolvimento do Brasil, de modo sustentável, com respeito à preservação ambiental e foco na melhor distribuição de renda e qualidade da vida. Uma das vertentes de atuação de nosso sistema associativo, no âmbito dessa meta mais ampla focada na prosperidade do País, é o incentivo às exportações e à ampliação do intercâmbio econômico internacional. Nesse sentido, temos promovido numerosas missões comerciais a distintos países e, em contrapartida, recebido, em São Paulo, delegações de empresários, chefes de Estado e de governo, ministros da área econômica e entidades congêneres de várias nações.
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Certamente, nosso esforço inclui as relações comerciais entre o Reino Unido e o Brasil, que passaram a vivenciar uma nova e importante fase a partir de 2006. A visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a formalização do Comitê Econômico e de Comércio Conjunto Brasil-Reino Unido (JETCO) desencadearam um processo mais consistente de aproximação. Notamos que essa nova fase já teve reflexos em 2007, com a intensificação dos contatos entre empresas dos dois países, prospectando as possibilidades do mercado e, literalmente, descobrindo o imenso potencial das relações bilaterais.
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Na promoção do intercâmbio multilateral, embora a indústria paulista congregue companhias nacionais e transnacionais de grande porte, incluímos as pequenas e até microempresas, buscando diversificar e democratizar o acesso ao comércio exterior. Este esforço é condizente com o empenho do segmento, que, a partir do primeiro semestre de 2007, registrou os índices de expansão mais expressivos, tanto no aumento de exportadores quanto na ampliação do valor das vendas externas.
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O empenho da Fiesp para estimular as exportações não se restringe à promoção da chamada diplomacia econômica. Também nos mobilizamos na luta contra a pirataria e o desrespeito à propriedade industrial, combatendo esses perversos inimigos do comércio exterior e dos investimentos produtivos. Exemplo da importância dessa atuação está diretamente relacionado à retirada do Brasil, em 2007, da lista prioritária de nações que violam propriedade intelectual e são complacentes com a pirataria, elaborada pelo Escritório de Representação Comercial (USTR) dos Estados Unidos. A medida coroou uma série de esforços, que contaram e contam com ativa participação da entidade. Cabe lembrar que esse empenho, anteriormente, já havia ajudado a manter nossas exportações no Sistema Geral de Preferências norte-americano.
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A guerra da Fiesp contra a pirataria foi desencadeada no início de 2005, quando fizemos visitas a distintos órgãos de governo dos Estados Unidos, incluindo o Departamento de Comércio. Também realizamos, em São Paulo, o seminário "O Brasil Contra a Pirataria", com a presença do senador Norm Coleman, presidente do Subcomitê para o Hemisfério Ocidental da Comissão de Relações Exteriores do Senado e o embaixador norte-americano em nosso país, John Danilovich.
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Em 2006, a Fiesp treinou 364 agentes aduaneiros da Receita Federal, em 12 portos do Brasil, capacitando-os a reconhecer produtos falsificados. Em 2007, o projeto teve continuidade, abrangendo mais sete portos, dois aeroportos e oito pontos de fronteira, treinando 735 servidores da Receita Federal, além de representantes do Exército e das polícias Federal, Rodoviária, Civil e Militar. Essa parceria da entidade com a Receita Federal do Brasil, o Conselho Nacional de Combate à Pirataria do Ministério da Justiça e a U.S. Chamber colaborou para o aumento substantivo das apreensões realizadas pela RFB, com a apreensão, em 2006, de 160 mil pares de tênis, avaliados em R$ 20 milhões, 46 toneladas de mercadorias contrabandeadas de origem chinesa e sete contêineres com 70 toneladas de produtos falsificados, avaliados em R$ 18 milhões, dentre outros.
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Nossa entidade também tem contribuído, no plano técnico e político, para a maior fluidez do comércio exterior brasileiro. Estudo que realizamos, transformado em lei, permite que, desde julho de 2006, empresas exportadoras possam abrir contas em dólar, no exterior, para operações de crédito e débito resultantes de suas operações comerciais. Isto ajuda a atenuar os problemas causados pelo câmbio sobrevalorizado.
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O Brasil vai consolidando sua posição de economia exportadora, não só de commodities e produtos de seu eficaz e avançado agronegócio, como de bens manufaturados de alto valor agregado, conforme demonstram as estatísticas das vendas externas. O setor industrial é protagonista nesse processo, contribuindo para que o comércio exterior seja um dos pilares do desenvolvimento nacional.
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kicker: O desafio é diversificar e democratizar o acesso ao comércio externo (Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 3) PAULO SKAF* - Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp))
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Um comentário:

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