sábado, janeiro 09, 2010

O ESPIRITO DE CAMARADAGEM!!!!

O ESPIRITO DA CAMARADAGEM



O espírito de camaradagem que existiu entre oficiais, sargentos e praças das Organizações Militares de Polícia do Exército (OMPE), nas gerações anteriores aos anos 80, a meu ver, foi sempre uma realidade, por ter sido bem aceita o modelo de "disciplina consentida" e não "disciplina imposta", onde os princípios fundamentais da disciplina nunca foram postos em causa.

O lema da camaradagem é unidade e unidade é sintonia de vida. A dedicação entre uns e outros fazem nascer, naturalmente, sentimentos de solidariedade e de simpatia úteis à tarefa comum. As insígnias do posto e uniforme têm por efeito significar publicamente que todos são dignos da função que desempenham que o seu valor é sólido e deve ser incontestado.

Confirma o elevado espírito de camaradagem. Por tal fato, as fotos dos velhos companheiros guardá-las em local seguro e livre dos bolores do esquecimento e acreditamos que elas nos transmitem histórias incontáveis, únicas e simplesmente especiais, tanto assim que, durante os habituais encontros de confraternização, quase sem darmos por isso, lá estamos a mostrar mais uma ou outra fotografia, a preto e branco, ou o velho álbum, que ajuda a recriar o percurso das nossas vidas.

Sabemos de antemão que as "histórias" contadas durante os eventos, correm naturalmente o risco de se esvaírem no tempo e no esquecimento. Todavia fazem parte de um passado!

De glorias e do valor ético e profissional que destingue o profissional de Polícial do Exército. 

UMA VEZ PE, SEMPRE PE!!!

quinta-feira, janeiro 07, 2010

LULA, VOCÊ É O CARA.

LULA, VOCÊ É O CARA.



Você é o cara que esteve por dois mandatos à frente desta nação e não teve coragem nem competência para implantar reforma alguma neste país, pois as reformas tributárias e trabalhistas nunca saíram do papel, e a educação, a saúde e a segurança estão piores do que nunca.




Você é o cara que mais teve amigos e aliados envolvidos, da cueca ao pescoço, em corrupção e roubalheira, gastando com cartões corporativos e dentro de todos os tipos de esquemas.




Você é o cara que conseguiu inchar o Estado brasileiro com tantos e tantos funcionários e ainda assim fazê-lo funcionar pior do que antes.




Você é o cara que mais viajou como presidente deste país, tão futilmente e às nossas custas.




Você é o cara que aceitou todas as ações e humilhações contra o Brasil e os brasileiros diante da Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai e outros.




Você é o cara que, por tudo isso e mais um monte de coisas, transformou este país em um lugar libertino e sem futuro para quem não está no grande esquema.



Você é o cara que transformou o Brasil em abrigo de marginais internacionais, negando-se, por exemplo, a extraditar um criminoso para um país democrático que o julgou e condenou democraticamente.




Você é o cara que transformou corruptos e bandidos do passado em aliados de primeira linha.




Você é o cara que está transformando o Brasil num país de parasitas e vagabundos, com o Bolsa-Família, com as indenizações imorais da bolsa terrorismo, com o repasse sem limite de recursos ao MST, o maior latifúndio improdutivo do mundo e abrigo de bandidos e vagabundos que manipulam alguns verdadeiros colonos.




É, Lula! Você é o cara...




É o cara-de-pau mais descarado que o Brasil já conheceu.




Você é o cara que deveria apanhar na cara de todo brasileiro honesto e trabalhador."


AUTOR DESCONHECIDO.
Concordo com tudo que está dito.

ANOS DE NEGRUME !

AOS MILITARES DAS TRÊS ARMAS

O autocrata é, antes de tudo, um fraco. Ao parodiar Euclides da Cunha, desejo destacar a pobre personalidade do Comandante-em-Chefe, não só das Forças Armadas, mas também da Nação, e os seus parcos conhecimentos, aprendidos e apreendidos nas espertezas da vida, na Cidade das Sete Colinas.

Compreendo, perfeitamente, como se sentem os Militares, estudiosos dos problemas nacionais, conhecedores das urgências do País, que assumiram o compromisso cívico e a responsabilidade profissional de defendê-lo, quando se veem à frente de um indivíduo incapacitado, sequer, de dirigir um automóvel, pelo excesso de combustível em si próprio, e que, contrariando qualquer lógica, ostenta o título que a Constituição, por ele continuamente desrespeitada, lhe outorgou. Que condições intelectuais tem tal indivíduo, para administrar uma Nação do porte do Brasil?

Mal comparando, é o que ocorre em determinados concursos, quando na prova prática de aula, um professor doutor, candidato à vaga, tem que se submeter a uma banca formada por mestres, o que deveria jamais ocorrer. O conhecimento do primeiro, naturalmente, sobressai-se ao dos segundos, o que vai levar os componentes da banca a ter dificuldades em aceitar pontos de vista atualizados por leituras que eles ainda não adquiriram. A isso se chama ‘inversão de valores’. A inversão de valores, na política, tendo em vista o endeusamento dos maus, dos criminosos, em detrimento dos bons, dos isentos de crime, tornou-se nesta República de opereta, o conceito magno da nova ética petista.

Assim, caros Militares das Três Armas, cabe-lhes imunizarem-se do pérfido ranço revanchista, porque aí tem o dedo, sujo, acusatório, covarde, do senhor ministro da justiça. As iniciais minúsculas estão de acordo com a estatura moral deste indivíduo. Cabe-lhes, também, levarem em conta que o autocratismo do Supremo Comandante, e as maiúsculas, aqui, são uma ironia, é resultante não da ausência de cultura acadêmica, mas de educação comportamental, que se adquire no mesmo grupo consaguíneo, chamado família, independente da pobreza ou da riqueza.

Este autocratismo é uma camuflagem para encobrir uma força e uma segurança de que não é possuidor; é um disfarce para encobrir a sua conhecida inaptidão para o trabalho, o seu horror à disciplina, a náusea que sente da hierarquia. Este autocratismo o faz deleitar-se no emprego da linguagem chula, o faz ter o insuperável prazer da provocação constante aos Militares, culminando esta arrogância, no desrespeito aos Comandantes das três Forças ao chamá-los de “cumpaêro”, numa tentativa de nivelá-los aos seus acólitos vermelhos. Este autocratismo do joão-ninguém deixa clara a sua fraca, frágil, debilitada, precária, pobre, medíocre personalidade. O autocratismo faz crer ao indivíduo, falto de todas as qualidades morais, que ele é um Homem, sendo ele, ao contrário, unicamente, um reles representante da espécie, numa fase primária de compreensão do que sejam deveres, respeito, obediência às leis, numa demonstração cabal de permanecer, ainda, no início do processo de civilização.

Por esta razão, peço aos Militares das três Armas que olhem com desprezo aquele que despreza o seu próprio País; aquele que despreza as Forças que são a garantia da soberania da Nação que, engloba, infelizmente, a preservação de sua função de arrogante ‘Chefe de Estado’. Olhem com desprezo o autocrata que cede os direitos da Nação Brasileira a outras nações espertas; que usa a diplomacia para ofender os brios do nosso Itamaraty, historicamente reconhecido como o centro de estadistas; desprezem-no, porém, atentos às suas artimanhas, às suas articulações dissimuladas e insidiosas, cujo objetivo é único e doentiamente perseguido: o de substituir as cores nacionais pelo vermelho do ódio.

Este autocrata, caros Militares, é presunçoso, prepotente e petulante, porque um povo irresponsável, que não merece ser chamado de ‘povo’, por não ter vínculos emocional e afetivo com o País, sem discernimento, fez alçar, infelizmente, por vias constitucionais, um pusilânime indivíduo ao cargo máximo da Nação. Sei, perfeitamente, caros amigos Militares, que, no final, sempre recaem sobre os seus ombros as responsabilidades da paz social, pela ausência de consciência de unidade nacional, pela ausência de consciência cívica dos chamados ‘cidadãos’ brasileiros.

É lastimável que povo e Comandante-em-Chefe sejam imagens espelhadas, porque só assim torna-se compreensível a fantástica simbiose que intervém na vontade de reação de um, mas que estimula a ousadia e a insolência do outro.

Priof.ª Aileda de Mattos Oliveira

CRISE MILITAR: SEU NOME É DILMA ROUSSEFF


O BRASIL ESTARIA MELHOR SE HOUVESSEM HOMENS DE BEM, COM A OUSADIA DOS CANALHAS. (Nelson Rodrigues)
Por Reinaldo Azevedo
CRISE MILITAR: SEU NOME É DILMA ROUSSEFF
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009 4:11
Ainda que eu tivesse cometido algumas injustiças com Lula, coisa de que discordo, de uma certamente eu o teria poupado: jamais o considerei um idiota. Nunca! Até aponto a sua notável inteligência política, coisa que não deve ser confundida, obviamente, com cultura. O governo vive, a despeito das negativas, uma crise militar. Que é muito mais grave do que se nota à primeira vista. Ela foi originalmente pensada nas mentes travessas de Tarso Genro, ministro da Justiça, e Paulo Vanucchi, titular da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Mas tomou consistência e corpo nos cérebros não menos temerários da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), candidata do PT à Presidência, e de Franklin Martins, ministro da Comunicação Social, hoje e cada vez mais o Rasputin deste rascunho de czarina que pretende suceder Lula.

O imbróglio não deixa de ser um ensaio geral do que pode ser um governo Dilma. Se vocês acham que a ópera, com o tenor Lula, tem lá seus flertes com o desastre, vocês ainda não sabem do que é capaz a soprano. A crise atual mistura temperamento macunaímico, sordidez e trapaça. Dilma, Franklin e Vanucchi, a turma da pesada que, no passado, optou pelo terrorismo e hoje ocupa posições no alto e no altíssimo escalões da República resolveu dar um beiço nos três comandantes militares. O tiro, tudo indica, saiu pela culatra. E sobrou uma lição aos soldados. Vamos devagar.

Tratemos um pouco do que vocês certamente já sabem e um tanto do que talvez não saibam. Na semana passada, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos publicou um decreto, devidamente assinado pelo presidente Lula. Entre outras providências, instituía uma tal Comissão Nacional da Verdade para investigar crimes contra os direitos humanos cometidos durante o regime militar.

Pois bem. A questão havia sido negociada com os comandos militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. E olhem que estes senhores tinham ido bastante longe - e fica a lição: com essa gente, ceder um braço corresponde a ceder os dois, mais as duas pernas e também a cabeça. Os militares aceitaram a criação da tal comissão desde que o texto não restringisse a apuração de violações ao governo militar: também as organizações terroristas de esquerda teriam sua atuação devidamente deslindada.

É preciso dizer com clareza, não? Dilma Rousseff pertenceu a uma organização terrorista, homicida mesmo: a Vanguarda Popular Revolucionária. Franklin Martins também praticou terrorismo. O seu MR-8 seqüestrava e matava. Vanucchi foi da Ação Libertadora Nacional, o que significa dizer que era um servo do Manual da Guerrilha, de Carlos Marighella, um verdadeiro manual de… terrorismo, que pregava até ataques a hospitais e dizia por que os bravos militantes deviam matar os soldados.

Pois bem… Quiseram os fatos que estes três se juntassem, com o conhecimento de Tarso Genro, para redigir - alguém redigiu a estrovenga; falo de aliança política -, aquele decreto. E o combinado com os militares não foi cumprido: além de especificar que a Comissão da Verdade investigaria apenas um lado da batalha, há propostas singelas como estas:
- deetermina que as leis aprovadas entre 1964 e 1985 sejam simplesmente revogadas caso se considere que elas atentam contra a tal “verdade”;
- deetermina que os logradouros públicos e monumentos que tenham sido batizados com nome de pessoas ligada ao “regime” sejam rebatizados.

Vocês entenderam direito: Lula assinou um decreto que não só dá um pé no traseiro do alto comando como, ainda, anuncia, na prática, a EXTINÇÃO DA LEI DA ANISTIA - para um dos lados, é óbvio. É isto: eles tentaram rever a tal lei. Viram que isso não é possível. Decidiram, então, dar uma de Daniel Ortega, que mandou suprimir trechos da Constituição de que ele não gosta.

LULA SABIA

Já disse: não tomo Lula por idiota - porque só um idiota não saberia. Mas admito: muita coisa tem as digitais do presidente sem que ele tenha a menor idéia do que vai lá. Isso é possível, sim. É por isso que existe uma CASA CIVIL. Não há - NOTEM BEM: NÃO HÁ - decreto presidencial que não tenha a chancela desse ministério. É uma de suas funções - a rigor, é uma de suas principais tarefas.

Logo, funcionalmente, a responsável pelo texto é Dilma Rousseff. Que já se manifestou a favor da revisão da Lei da Anistia, ainda que dê outro nome ao que quer fazer. A questão é saber se Lula se comportou como um cretino ou como um irresponsável: se assinou algo dessa gravidade na inocência, sem ter sido advertido pela Casa Civil, então foi feito de bobo e tem de demitir Dilma. Se, como imagino, sabia muito bem o que ia lá e decidiu testar a elasticidade ou complacência dos militares, agiu como um irresponsável.

DemissãoTrapaceados, os três comandantes militares decidiram pedir demissão. Os generais de quatro estrelas se reuniram para tratar de um assunto não ligado à profissão pela primeira vez em muitos anos. A tal Comissão da Verdade terá de redigir um projeto de lei para ser enviado ao Congresso dando forma e caráter à tal investigação. Lula tem quatro opções:
1 - deixa o texto como está e negocia com os militares um projeto de lei que contemple a investigação dos dois lados;
2 - muda o decreto e o devolve ao que havia sido negociado;
3 - simplesmente recua do texto na íntegra;
4 - a quarta opção é dizer o famoso “ninguém manda nimim” e deixar tudo como está. Pois é… Só que o “tudo como está” pode significar uma crise sem precedentes, grave mesmo, com possíveis atos de indisciplina.

“A Lei da Anistia é um conquista do povo brasileiro, é seu patrimônio. E de milhares de pessoas que lutaram pela democracia. Por isso, mudá-la, na forma como querem fazer alguns, ou extingui-la é um atentado contra a própria democracia. É constrangedor assistirmos a cenas como essa”, afirma o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), presidente da Frente Parlamentar de Defesa Nacional.

Terão os comandantes militares se esquecido do modo como operam as esquerdas, de sua vocação para o ato sorrateiro, para as ações solertes? Só isso pode explicar aquela primeira concordância com a tal Comissão da Verdade. Do conjunto da obra, resta, pois, essa lição. E também há uma outra: em matéria eleitoral e nessa política que precisa de voto, Dilma é uma teleguiada de Lula: sem ele, ela não existe. Mas Dilma é quem é. e também quem foi Com um simples decreto, que passou por sua mesa de ministra da Casa Civil, criou-se o mais grave incidente militar do governo Lula. O projeto é tê-la agora na Presidência. Vimos como agem com quem tem armas. Dá para imaginar do que são capazes com quem não tem.

Encerro
O nome da comissão - “da Verdade” - só pode ser coisa de algum piadista infiltrado no grupo. Como não pensar imediatamente em 1984, de George Orwell. Essa gente tem um perfil totalitário de manual; são stalinistas do calcanhar rachado. Querem até rever o batismo de logradouros públicos, num daqueles atos típicos de reescritura da história.Eis um país com Dilma Rousseff no topo. E com Franklin Martins no topo do topo.

"Duas pessoas não podem ser amigas durante muito tempo,se não conseguem perdoar as pequenas falhas uma da outra."

terça-feira, janeiro 05, 2010

DE UM MILITAR DE HOJE, QUE RESPEITA E QUE HONRA A LEI, A ORDEM, AS TRADIÇÕES E OS ENSINAMENTOS DE SEUS ANTECESSORES....

DE UM MILITAR DE HOJE, QUE RESPEITA E QUE HONRA A LEI, A ORDEM, AS TRADIÇÕES E OS ENSINAMENTOS DE SEUS ANTECESSORES....

Resposta do Gen Torres de Melo à carta da jornalista.

Senhora Jornalista
Miriam Leitão.

Li o seu artigo "ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível. Senti, em suas linhas, que a senhora procura mostrar que os MILITARES BRASILEIROS de HOJE são bem diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de ONTEM. Penso que esse é o ponto central de sua tese. Para criar credibilidade nas suas afirmativas, a senhora escreveu: "houve um tempo em que a interpretação dos militares brasileiros sobre LEI E ORDEM era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com convicção terem aprendido o que não podem fazer". Permita-me discordar dessa afirmativa de vez que vejo nela uma injustiça, pois fiz parte dos MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus camaradas militares rasgarem leis e ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar a minha tese.

No Império, as LEIS E A ORDEM foram rasgadas no Pará, Ceará, Minas, Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul pelas paixões políticas da época. AS LEIS E A ORDEM foram restabelecidas pelo Grande Pacificador do Império, um Militar de Ontem, o Duque de Caxias, que com sua ação manteve a Unidade Nacional. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem.

Pelo contrário. Vem a queda do Império e a República. Pelo que sei, e a História registra, foram políticos que acabaram envolvendo os velhos Marechais Deodoro e Floriano nas lides políticas. A política dos governadores criando as oligarquias regionais, não foi obra dos Militares de Ontem, quando as leis e a ordem foram rasgadas e feridas pelos donos do Poder, razão maior das revoltas dos tenentes da década de 20, que sonhavam com um Brasil mais democrático e justo. Os Militares de Ontem ficaram ao lado da lei e da Ordem. Lembro à nobre jornalista que foram os civis políticos que fizeram a revolução de 30, apoiados, contudo, pelos tenentes revolucionários, menos Prestes, que abraçou o comunismo russo.

Veio a época getuliana, que, aos poucos, foi afastando os tenentes das decisões políticas. A revolução Paulista não foi feita pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos paulistas que não aceitavam a ditadura de Vargas. Não foram os Militares de Ontem que fizeram a revolução de 35 (senão alguns, levados por civis a se converterem para a ideologia vermelha, mas logo combatidos e derrotados pelos verdadeiros Militares de Ontem); nem fizeram a revolta de 38; nem deram o golpe de 37. Penso que a senhora, dentro de seu espírito de justiça, há de concordar comigo que foram as velhas raposas GETÚLIO - CHICO CAMPOS - OSWALDO ARANHA e os chefetes que estavam nos governos dos Estados, que aceitaram o golpe de 37. Não coloque a culpa nos militares de Ontem.

Veio a segunda guerra mundial. O Nazismo e o Fascismo tentam dominar o mundo. Assistimos ao primeiro choque da hipocrisia da esquerda. A senhora eve ter lido - pois àquela época não seria nascida -, sobre o acordo da Alemanha e a URSS para dividirem a pobre Polônia e os sindicatos comunistas do mundo ocidental, fazendo greves contra os seus próprios países a favor da Alemanha por imposição da URSS e a mudança de posição quando a "Santa URSS" foi invadida por Hitler. O Brasil ficou em cima de muro até que nossos navios (35) foram afundados. Era a guerra, a proteção ao tráfego marítimo, a FEB e seu término. Getúlio - o ditador - caiu e vieram as eleições. As Forças Armadas foram chamadas a intervir para evitar o pior. Foram os políticos que pressionaram os Militares de Ontem para manter a ordem.

Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Chamou-se o Presidente do Supremo Tribunal Federal para, como Presidente, governar a transição. Não se impôs MILITAR algum.

O mundo dividiu-se em dois. O lado democrático, chamado pelos comunistas de imperialistas, e o lado comunista com as suas ditaduras cruéis e seus celebres julgamentos "democráticos". Prefiro o primeiro e tenho certeza de que a senhora, também. No lado ocidental não se tinham os GULAGs. período Dutra (ESCOLHIDO PELOS CIVIS E ELEITO PELO VOTO DIRETO DO POVO) teve seus erros - NUNCA CONTRA A LEI E A ORDEM - e virtudes como toda obra humana. A colocação do Partido Comunista na ilegalidade foi uma obra do Congresso Nacional por inabilidade do próprio Carlos Prestes, que declarou ficar ao lado da URSS e não do Brasil em caso de guerra entre os dois países. Dutra vivia com o "livrinho" (a Constituição) na mão, pois os políticos, nas suas ambições, queriam intervenções em alguns Estados, inclusive em São Paulo. A senhora deve ter lido isso, pois há vasta literatura sobre a História daqueles idos.

Novo período de Getúlio Vargas. Ele já não tinha mais o vigor dos anos trinta. Quem leu CHATÔ, SAMUEL WEINER (a senhora leu?) sente que os falsos amigos de Getúlio o levaram à desgraça. Os Militares de Ontem não se envolveram no caso, senão para investigar os crimes que vinham sendo cometidos sem apuração pela Polícia; nem rasgaram leis nem feriram a ordem.

Eram os políticos que se digladiavam e procuravam nos colocar como fiéis da balança. O seu suicídio foi uma tragédia nacional, mas não foram os Militares de Ontem os responsáveis pela grande desgraça.

A senhora permita-me ir resumindo para não ficar longo. Veio Juscelino e as Forças Armadas garantiram a posse, mesmo com pequenas divergências. Eram os políticos que queriam rasgar as leis e ferir a ordem e não os Militares de Ontem. Nessa época, há o segundo grande choque da esquerda. No XX Congresso do Partido Comunista da URSS (1956) Kruchov coloca a nu a desgraça do stalinismo na URSS. Os intelectuais esquerdistas ficam sem rumo.

Juscelino chega ao fim e seu candidato perde para o senhor Jânio Quadros. Esperança da vassoura. Desastre total. Não foram os Militares de Ontem que rasgaram a lei e feriram a ordem. Quem declarou vago o cargo de Presidente foi o Congresso Nacional. A Nação ficou ao Deus dará. Ameaça de guerra civil e os políticos tocando fogo no País e as Forças Armadas divididas pelas paixões políticas, disseminadas pelas "vivandeiras dos quartéis" como muito bem alcunhou Castello.

Parlamentarismo, volta ao presidencialismo, aumento das paixões políticas, Prestes indo até Moscou afirmando que já estavam no governo, faltando-lhes apenas o Poder. Os militares calados e o chefe do Estado Maior do Exército (Castello) recomendando que a cadeia de comando deveria ser mantida de qualquer maneira. A indisciplina chegando e incentivada dentro dos Quartéis, não pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos de esquerda; e as vivandeiras tentando colocar o Exército na luta política.

Revoltas de Polícias Militares, revolta de sargentos em Brasília, indisciplina na Marinha, comícios da Central e do Automóvel Clube representavam a desordem e o caos contra a LEI e a ORDEM. Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto e outros governadores e políticos (todos civis)incentivavam o povo à revolta. As marchas com Deus, pela Família e pela Liberdade (promovidas por mulheres) representavam a angústia do País. Todo esse clima não foi produzido pelos MILITARES DE ONTEM. Eles, contudo, sempre à escuta dos apelos do povo, pois ELES são o povo em armas, para garantir as Leis e a Ordem. Minas desce. Liderança primeira de civil; era Magalhães Pinto. Era a contra-revolução que se impunha para evitar que o Brasil soçobrasse ao comunismo. O governador Miguel Arraes declarava em Recife, nas vésperas de 31 de março: haverá golpe. Não sabemos se deles ou nosso.

Não vamos ser hipócritas. A senhora, inteligente como é, deve ter lido muitos livros que reportam a luta política daquela época (exemplos: A Revolução Impossível de Luis Mir - Combates nas Trevas de Jacob Gorender - Camaradas de William Waack - etc) sabe que a esquerda desejava implantar uma ditadura de esquerda. Quem afirma é Jacob Gorender. Diz ele no seu livro: "a luta armada começou a ser tentada pela esquerda em 1965 e desfechada em definitiva a partir de 1968". Não há, em nenhuma parte do mundo, luta armada em que se vão plantar rosas e é por essa razão que GORENDER afirma: "se quiser compreendê-la na perspectiva da sua história, A ESQUERDA deve assumir a violência que praticou". Violência gera violência.

Castello, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo, com seus erros e virtudes, desenvolveram o País. Não vamos perder tempo com isso. A senhora é uma economista e sabe bem disso. Veio a ANISTIA. João Figueiredo dando murro na mesa e clamando que era para todos; e Ulisses não desejando que Brizolla, Arraes e outros pudessem tomar parte no novo processo eleitoral, para não lhe disputarem as chances de Poder. João bateu o pé e todos tiveram direito, pois "lugar de Brasileiro é no Brasil", como dizia.. Não esquecer o terceiro choque sofrido pela a esquerda: Queda do Muro de Berlim, que até hoje a nossa esquerda não sabe desse fato histórico..

Diretas já. Sarney, Collor com seu desastre, Itamar, FHC, LULA e chegamos aos dias atuais. Os Militares de Hoje, silentes, que não são responsáveis pelas desgraças que vivemos agora, mas sempre aguardando a voz do Povo. Não houve no passado, nem há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em roubo, compra de voto, CPI, dólar em cueca,
mensalões ou mensalinhos. Não há nenhum Delúbio, Zé Dirceu, José Genoíno, e que tais. O que já se ouve, o que se escuta é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO. Pois àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia... Mas os Militares de Hoje, como os de Ontem, não querem ditadura, pois são formados democratas. E irão garantir a Lei e a Ordem, sempre que preciso. Os militares não irão às ruas sem o povo ao seu lado. OS MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE OS MILITARES DE ONTEM. A nossa desgraça é que políticos de hoje (olhe os PICARETAS do Lula!) - as exceções justificando a regra - são ainda piores do que os de ontem. São sem ética e sem moral, mas também despudorados. E o Brasil sofrendo, não por conta dos MILITARES, mas de ALGUNS POLÍTICOS - uma corja de canalhas, que rasgam as leis e criam as desordens.

Como sei que a senhora é uma democrata, espero que publique esta carta no local onde a senhora escreve os seus artigos, que os leio atenta e religiosamente, como se fossem uma Bíblia. Perfeitos no campo econômico, mas não muito católicos ou evangélicos no campo político por uma razão muito simples: parece que a senhora tem o vírus de uma reacionária de esquerda.

Atenciosa e respeitosamente,

GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO.
(Um militar de ontem, que respeita os militares de hoje, que pugnam pela Lei e a Ordem).