sábado, outubro 30, 2010

MISSA NO MAUSOLÉU DA FEB!!!

MISSA NO MAUSOLÉU DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA


Data - 01 de Novembro de 2010
Hora - 10h00
Local - Mausoléu da FEB - Cemitério de Vila Alpina - São Paulo
End.: Rua Francisco Falconi, 83 - Jardim Avelino - SP

POLÍTICA

OS PRESIDENTES DO BRASIL NA ERA REPUBLICANA
30 de outubro de 2010 | 0h 00

- O Estado de S.Paulo

Desde 1889, só 9 chefes de Estado receberam o mandato do antecessor eleito e igualmente o repassaram a um sucessor escolhido nas urnas, incluídas as duas reeleições.

Os presidentes indiretos

Deodoro da Fonseca
Proclamou a República em 15 de novembro de 1889 e chefiou o governo provisório. Em 25 de janeiro de 1891, foi eleito presidente pelo Congresso Constituinte. Deodoro enfrentou grave crise política e econômica - e resistência no meio militar. Reagiu a uma tentativa do Congresso de limitar seus poderes dissolvendo-o. Renunciou em 23 de novembro, sob pressão da 1.ª Revolta da Armada.

Floriano Peixoto
Vice de Deodoro assumiu após a renúncia do titular e enfrentou duas rebeliões: a 2.ª Revolta da Armada, resultado de conflitos entre o Exército e Marinha, no Rio de Janeiro, e a Revolução Federalista, iniciada no Rio Grande do Sul. Para manter a ordem, recorreu ao estado de sítio, enquanto tentava organizar as instituições republicanas. Governou até 15 de novembro de 1894.

1894

Prudente de Morais
Foi o primeiro presidente eleito diretamente, batendo Afonso Pena. Sua vitória levou ao poder a oligarquia cafeicultora paulista.

Prudente recebeu 276.583 votos
2,2% da população votou
População: 15,5 milhões

1898

Campos Sales, ex-governador de São Paulo, marcaria seu mandato pelo combate à inflação, à desvalorização da moeda e renegociação da dívida externa.

2,7% da população votou
Sales recebeu 420.286 Votos

1901

Num período de dificuldades econômicas, safra de 1901 dá ao Brasil monopólio da produção mundial de café - responsável por 65% das nossas exportações.

População: 17,1 milhões

1902

Rodrigues Alves
adotou na capital da República um ousado programa de reurbanização e saneamento, em meio a surtos de febre amarela e varíola. A vacinação obrigatória causou uma revolta popular em 1904.

Alves recebeu 592.039 votos

1903

Brasil e Bolívia assinam o Tratado de Petrópolis, negociado pelo barão do Rio Branco, pelo qual o Acre é incorporado ao território brasileiro em troca de 2 milhões de libras e da construção da ferrovia Madeira-Mamoré.

3,4% da população votou
População: 18,7 milhões

1906

O mineiro Afonso Pena manteve o programa de reaparelhamento de ferrovias e portos do seu antecessor e reorganizou o Exército.

1,4% da população votou
Afonso Pena recebeu 288.285 votos

1909

O presidente Afonso Pena morre antes de concluir o mandato. O vice Nilo Peçanha assume e governa até o ano seguinte.

População: 20,4 milhões

1910

Hermes da Fonseca foi o primeiro militar a chegar à Presidência pelo voto direto. Gaúcho, pôs fim à alternância de poder entre paulistas e mineiros. Criou a faixa presidencial por decreto.

Hermes da Fonseca recebeu 403.867 votos
População: 22,2 milhões

1913

Após esmagar a Revolta da Chibata, motim de marinheiros, Fonseca decretou estado de sítio no Rio para conter os distúrbios causados pela deportação de sindicalistas estrangeiros envolvidos em greves.

3,2% da população votou

1914

Venceslau Brás assumiu após bater nas urnas Rui Barbosa. Adotou política econômica austera e promulgou o primeiro Código Civil brasileiro.

Brás recebeu 532.107 votos
2,4% da população votou

1918

Rodrigues Alves é novamente eleito presidente, com 99% dos votos, mas contrai a gripe espanhola e não chega a tomar posse. Morreria no ano seguinte.

População: 24,1 milhões

1919

O vice Delfim Moreira assume, mas também enfrenta problemas de saúde; na prática, o governo é exercido pelo ministro da Viação e Obras Públicas, Afrânio de Melo Franco

1919

Epitácio Pessoa enfrentou greves operárias e três rebeliões militares, incluindo a Revolta do Forte de Copacabana, após a prisão do marechal Hermes da Fonseca

Pessoa recebeu 286.376 votos
População: 26,8 milhões
1,5% da população votou

1922

Artur Bernardes enfrentou a oposição das revoltas tenentistas e do movimento operário. O Brasil ficou em estado de sítio durante os quatro anos de seu mandato.

Bernardes recebeu 466.877 votos
2,9% da população votou

1924

Tropas do governo sufocam levante tenentista em São Paulo: 505 mortos e 5 mil feridos. No ano seguinte, os rebeldes se reuniriam na Coluna Prestes.

População: 28,5 milhões

1926

Eleito em chapa única, Washington Luís governou livre do movimento tenentista.
Mas passou boa parte do mandato em disputas políticas que acabariam por derrubá-lo.

1929
Washington Luís impôs o paulista Júlio Prestes como candidato à sucessão. Gaúchos e mineiros decidiram lançar Vargas.

Com o crack da Bolsa de Nova York, desaparecem os compradores de café. A lavoura entra em crise.

2,3% Porcentual de votantes
30,9 milhões
O eleito obteve 628.528 Votos

1930

A crise política se agrava com a eleição de Júlio Prestes. Em março, ele bate Getúlio Vargas nas urnas. Em outubro, antes da posse, Vargas assume após golpe com apoio militar.

Prestes recebeu 1.091.709 Votos
População: 33,5 milhões
5,7% da população votou

1930

Governo provisório
Junta militar que depôs Washington Luís, formada pelos generais Tasso Fragoso e Mena Barreto e pelo almirante Isaías de Noronha, fica uma semana no poder. Pressão popular e de movimentos militares de Minas Gerais e Rio Grande do Sul leva a junta a entregar o poder a Getúlio Vargas.

1932

Legislação eleitoral Criados o primeiro Código Eleitoral e a Justiça Eleitoral. Foi instituído o voto secreto, o voto feminino e o sistema de representação proporcional. Pela primeira vez, a legislação eleitoral fazia referência aos partidos políticos, mas ainda era admitida a candidatura avulsa. O Código já previa o uso de máquina de votar, só efetivado mais de 60 anos depois.

1933

Constituição nova
Após a Revolução Constitucionalista de 1932, foi eleita nova Assembléia Constituinte. Parte dos constituintes foi indicada por líderes sindicais. Vargas é eleito presidente da República.

1935

Intentona
Militares ligados à Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente popular extinta por Vargas e ligada ao Partido Comunista, tentam iniciar uma revolução no Rio, no Recife e em Natal. Após ser sufocada, houve intensa repressão.

1937

Ditadura
Vargas
comanda golpe que fecha o Congresso, dissolve os partidos e põe fim à autonomia estadual. Estado Novo duraria até 1945.

1945

Golpe militar
Vargas marca eleições presidenciais, mas rumores de que adiaria pleito levam militares a derrubá-lo. José Linhares, presidente do STF, fica no cargo até janeiro de 1946.

1945

A eleição de Eurico Gaspar Dutra marca a volta do regime democrático, interrompido em 1930. País ganha nova Constituição e Dutra estreita laços com EUA.

13,4% da população votou
População: 46,2 milhões
Dutra recebeu 3.251.507 Votos

1950

Eleito pelo voto direto após bater Eduardo Gomes, Getúlio Vargas adotou uma política econômica de cunho nacionalista e de forte apelo popular.

1954

Plano de estabilização econômica fracassa e, isolado, Vargas suicida-se. Vice Café Filho assume, mas, doente, afasta-se do cargo no ano seguinte.

1955

Carlos Luz, presidente da Câmara, assume e cai três dias depois, acusado de conspirar contra posse do presidente eleito, Juscelino Kubitschek.

Getúlio recebeu 3.849.040 votos
5,9% da população votou
51,9 milhões

1955

Juscelino Kubitschek recebe a faixa de Nereu Ramos, presidente do Senado, e faz gestão desenvolvimentista marcada pela inauguração de Brasília, a nova capital, em 1960.

JK recebeu 3.077.411 votos
População: 58,4 milhões
15,6% da população votou

1961

Eleito com ampla votação, Jânio Quadros renuncia sete meses depois. O vice, João Goulart, só assume após acordo que adotou parlamentarismo.

Jânio recebeu 5.636.623 Votos

1963

Única experiência parlamentarista da era republicana termina após Goulart conseguir antecipar plebiscito, que aprova volta do presidencialismo. Goulart reassume poderes presidenciais, mas é deposto pelos militares no ano seguinte.

17,8% da população votou
População: 70,1 milhões

1964

Interino
Ranieri Mazzilli
, presidente da Câmara que havia assumido a Presidência por duas semanas após a renúncia de Jânio, em 1961, volta a ocupar interinamente o cargo com a queda de Goulart, desta vez por 13 dias, enquanto os militares escolhiam o sucessor.

Ditadura militar
Cinco generais presidentes eleitos indiretamente - Castelo Branco, Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo -, e uma Junta Militar por breve período, governaram o Brasil durante o período de exceção, de 1964 a 1985.

1985

Nova República
O oposicionista Tancredo Neves derrotou Paulo Maluf em eleição indireta, no Colégio Eleitoral, mas não tomou posse, por motivos de saúde, e morreu em 21 de abril.
O vice, José Sarney, chefiou até 1990 o último governo eleito
por voto indireto.

1963

Única experiência parlamentarista da era republicana termina após Goulart conseguir antecipar plebiscito, que aprova volta do presidencialismo. Goulart reassume poderes presidenciais, mas é deposto pelos militares no ano seguinte.

1988

Em 5 de setembro é promulgada nova Constituição, aprovada por uma Assembleia Nacional Constituinte. É a volta do Estado de Direito.

Collor recebeu no 2º turno
35.085.457 votos

1989

Eleito após bater Lula, Fernando Collor confisca a poupança - mas fracassa em sua cruzada para debelar a inflação.

1992

Acusado de participar de um esquema de corrupção, Collor é deposto pelo Congresso.
O vice Itamar Franco assume e, com a adoção do Plano Real, derruba a inflação.

População: 146.857.800
45,04% da população votou

1994

Impulsionado pelo sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso é eleito presidente no primeiro turno.

Fernando Henrique recebeu
34.362.726 votos

1997

Congresso Nacional aprova emenda constitucional do governo, instituindo a reeleição

40,46% da população votou
População: 156.430.949

1998

Fernando Henrique Cardoso tornou-se o primeiro presidente reeleito da história do Brasil, vencendo no primeiro turno.

Fernando Henrique recebeu
35.936.540 Votos

1999

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, anuncia ruptura na política cambial e desvalorização do real.

População: 166.252.088
40,73% da população votou

2002

Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro metalúrgico eleito presidente do Brasil, derrotando o tucano José Serra no segundo turno.

Lula recebeu 52.772.475 votos no 2.º turno

2005

Escândalo do mensalão compra de voto parlamentar em troca de apoio, abre crise no governo Lula

População: 173.501.227
49,66% da população votou

2006

Lula é reeleito, novamente no segundo turno.

Lula recebeu 58.295.042 votos no 2.º turno
População: 186.020.850

2010

Após reativação da economia, Lula bate recorde de popularidade

51,52% da população votou


POLÍTICA

ATÉ A DITADURA BUSCOU A FORÇA DO VOTO
Diferentemente de regimes autoritários vizinhos, militares brasileiros tentaram se legitimar com eleição
30 de outubro de 2010 | 0h01

O Estado de S.Paulo

Ditadura, mas com eleição. O paradoxo marcou, no Brasil, os 21 anos (1964-1985) de regime militar, que aboliu a escolha direta para presidente da República e, de 1966 a 1982, também de governadores de Estado, mas manteve abertas as Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional - embora sem poder de decisão, totalmente transferido para o Executivo. O regime realizou, a cada dois anos, eleições para renovação do Legislativo. A própria escolha de cada general-presidente, na verdade decidida pelo Exército com apoio de Marinha e Aeronáutica, era referendada em uma "eleição" no Colégio Eleitoral, sob controle e pressão do governo. Mesmo assim, sobressaía, no período, a procura, pelos militares brasileiros, de alguma legitimidade nas urnas, diferentemente dos regimes autoritários vizinhos.

"Manter funcionando o Congresso, ainda que depauperado, era importante para a instituição militar, porque mostrava que aqui não era uma república de bananas", diz a professora Maria Celina D’Araújo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ). "Não era uma fraqueza da ditadura, era parte do projeto. Era a necessidade de manter algumas regras."

A manutenção, em linhas gerais, do calendário eleitoral para um Legislativo sem poder originou fenômenos díspares. Um deles foi a avalanche de votos nulos em 1970, mistura de protesto e desilusão, no governo mais repressivo da ditadura, sob a presidência do general Emílio Médici, que quase levou a oposição consentida, abrigada no MDB, à extinção. Outro foi a derrota da Arena, quatro anos depois, em 16 dos 22 Estados em que então se dividia o Brasil, na escolha de novos senadores e também para deputados federais. O resultado deu início ao processo de distensão que depois viraria abertura e, finalmente, redemocratização. Para Maria Celina, houve no País, por parte da ditadura, uma preocupação com a imagem.

"O Brasil, desde que é uma república, manteve o calendário eleitoral", ressalta, excluindo da análise o Estado Novo. "A elite brasileira tem uma tradição de resolver divergências com eleições. Isso dá estabilidade e coesão. Nenhum presidente brasileiro ficou no poder sem uma eleição. Se chegou ao posto pela força, como Deodoro da Fonseca, Getúlio Vargas e Castelo Branco, acabou eleito pelo Congresso Nacional."

O historiador Daniel Aarão Reis Filho, da Universidade Federal Fluminense (UFF), aponta um erro recorrente nas cronologias sobre o regime militar, que consideram o período 1964-1985 uma coisa única. "A ditadura instaurada em 1964, a rigor, acabou em 1979. Entre 1964 e 1979, enquanto durou a ditadura, com exceção de um interregno, entre 1967 e 1968, a reverência (dos militares) a formas democráticas permaneceu, porque esta ditadura instaurou-se em nome da democracia e sempre se avaliou como um parênteses, no rumo da restauração democrática", diz. "Algumas de suas bases, embora aceitando a ditadura, sempre a viam como uma ‘passagem’. Daí porque vamos encontrar muitas lideranças de direita, civis e militares, empenhadas na restauração da democracia."

POLÍTICA

GOLPES E REBELIÕES MARCAM VIDA REPUBLICANA
Os casos de políticos e militares que viraram a mesa da legalidade refletem a fragilidade da democracia brasileira
30 de outubro de 2010 | 0h01

O Estado de S.Paulo

Uma sucessão de golpes, revoltas e até uma revolução marcaram a República brasileira desde o seu nascimento, em 1889 - quando o marechal Deodoro da Fonseca derrubou o imperador Pedro II - até pelo menos 1969, quando os ministros militares deram o "golpe dentro do golpe" e impediram o vice-presidente civil Pedro Aleixo de assumir o posto que ficara vago por causa da doença do titular, marechal Artur da Costa e Silva. Historiadores ouvidos pelo Estado, porém, resistem a considerar o golpismo uma característica apenas brasileira e argumentam que outros países sofreram crises semelhantes às que abalaram o Brasil.

"As tendências golpistas existem em todas as repúblicas, sobretudo naquelas onde o regime democrático ainda não está consolidado", diz o historiador Daniel Aarão Reis Filho, da Universidade Federal Fluminense (UFF). "Mas, mesmo nas democracias consolidadas, o risco do golpe reaparece em circunstâncias de crise grave. A democracia é sempre um regime instável, frágil, sujeito a borrascas, porque, de certo modo, está sempre suscitando as borrascas. Nisso reside sua fraqueza - e sua força."

No Brasil, foi quase regra republicana: quem perdia ou ficava em desvantagem no jogo formal ameaçava recorrer às armas. Na República Velha (1889-1930), a maior parte dessas tentativas fracassou, incluindo episódios como a Revolução Federalista, os Dezoito do Forte e a Coluna Prestes. Na Segunda República (1930-1937), também falharam a tentativa revolucionária da Aliança Nacional Libertadora e do Partido Comunista do Brasil, em 1935, e o putsch integralista de 1938. Um golpe instituiu e outro encerrou o ditadura de Getúlio Vargas, iniciando o período do populismo de 1946-64, em meio à Guerra Fria e marcado por tentativas golpistas em série. A agitação incluiu da ofensiva que levou Getúlio ao suicídio, em 1954, à sucessão de manobras para tentar impedir a posse de Juscelino Kubitschek, em 1955, encerrada pelo contragolpe de novembro do marechal Henrique Lott. A agitação, contudo, continuou, com as revoltas fracassadas contra JK em Aragarças e Jacareacanga e o finalmente vitorioso golpe de 1964. Foi quando começou o ciclo de 21 anos de autoritarismo, do qual os militares tiveram dificuldades para sair. Um dos líderes do movimento, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, criticou os civis que iam aos "bivaques" incitar os "granadeiros" - as conspirações nasciam frequentemente entre os políticos.

"No momento do golpe, em 1964, a intenção (dos militares) era arrumar a casa até a eleição de 1965, que acabou cancelada", diz a historiadora Maria Celina D’Araújo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ). "Um grupo dizia que a intervenção não podia ser pontual, mas isso não era unânime."

Embora divididos entre a "turma da Sorbonne" (Escola Superior de Guerra) e os chamados troupiers (oficiais em sua maioria de patente mais baixa), os militares conseguiam manter uma aparência externa de unidade. A divisão, segundo a pesquisadora, foi um dos motivos para a demora da transição democrática no País. Uma parte dos militares aceitava deixar o poder, mas sob condições, como não haver julgamentos nem apurações relativas à repressão e às denúncias de tortura, eleição de um sucessor conservador, etc.

Fuga

Mesmo esse processo foi rondado pelo espectro dos golpes. Em 1977, a demissão do general Sylvio Frota, expoente da linha-dura e liderança dos radicais, gerou uma intensa movimentação de militares, sobretudo ligados ao Centro de Informações do Exército (CIE), que chegou a ensaiar uma reação que incluiria explodir o helicóptero presidencial no Palácio do Planalto - para impedir uma fuga - e a deposição do general Ernesto Geisel da Presidência. Acabou abortada por ordem do próprio Frota. Em 1984-85, o então ministro da Marinha, Maximiano da Fonseca, defensor da volta dos militares aos quartéis, elaborou planos de resistência a uma eventual tentativa contra Tancredo Neves (PMDB), presidente oposicionista eleito. Uma das hipóteses previa que a Marinha resistiria sozinha. Não foi necessário implementá-la.


POLÍTICA

‘ESTADO' ACOMPANHOU A VIDA DA REPÚBLICA
Jornal testemunhou de perto cada um dos fatos políticos que marcaram o Brasil desde o Império, de eleições a revoluções
30 de outubro de 2010 | 0h01

O Estado de S.Paulo

Um "Viva a República" ocupou a primeira página de A Província de São Paulo em 16 de novembro de 1889, saudando a queda do Império e o início da era republicana no Brasil. Ainda em meio a informações desencontradas, o diário surgido nos últimos anos da monarquia descrevia a queda do antigo regime como um acontecimento que "não causou enthusiasmo; produziu delírio indescriptivel" e relatava acontecimentos iniciados na madrugada da véspera, quando uma rebelião no Exército depusera a família imperial. "Todas as guarnições adherem ao movimento", informava. Os soldados "arrancaram as coroas dos bonets, conservando apenas o número dos regimentos a que pertencem". O próprio jornal, no espírito republicano, mudaria depois seu nome para O Estado de S. Paulo.

Naquela edição, lembrando o "glorioso centenário da Grande Revolução" - alusão ao 1789 revolucionário francês -, a ainda Província detalhou alguns dos últimos momentos da monarquia - e sua queda - no País.

"A versão mais corrente sobre o movimento é a seguinte: O general Deodoro, enfermo hontem, tendo synapismos nos pés, soube a meia-noite que a segunda brigada tencionava fazer pronunciamento de revolta. Pela madrugada dirigiu-se a S. Christovam e voltando ao Campo de Sant’Anna viu aproximar-se o barão de Ladario. Ordenou ao official que fosse entender-se com o ministro, usando de toda a cortesia. O official limitou-se a dar voz de prisão ao barão de Ladario. Este, sem responder, disparou o revolver contra o official. O general Deodoro gritou que não o matassem, porém não pôde evitar os tiros que feriram o barão. Abertas as portas do quartel, todas as forças reunidas confraternisaram-se levantando vivas ao general Deodoro. Foram dadas diversas salvas de 21 tiros, annunciando a victoria do movimento."

Cinco anos depois, já como Estado de S. Paulo, o jornal saudaria a primeira eleição de um presidente no Brasil oficialmente pelo voto popular - seus antecessores, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, eram do primeiro governo provisório republicano. Na sexta-feira, 2 de março de 1894, com uma tiragem anunciada de 8 mil exemplares, o diário diria, em tom de alívio: "Finalmente, fallaram as urnas." A mesma edição anunciava: "Com o número de hoje distribuimos aos nossos assignantes um supplemento illustrado com o retrato do dr. Prudente de Moraes, justa homenagem que o ‘Estado’ presta ao primeiro Presidente da República eleito pelo povo."

História

Dos maiores jornais brasileiros em circulação atualmente, o Estado é o único que já existia no fim do Império e, desde então, acompanhou sem interrupção os principais acontecimentos políticos brasileiros - incluindo revoluções, golpes, eleições. No estilo e linguagem típicos de cada época da vida brasileira, descreveu fatos como os combates entre a polícia da Bahia e o Exército, com o bombardeio do palácio do governo pelas baterias do Forte São Marcelo, em 1912; a morte do presidente eleito Rorigues Alves, em sua edição de 16 de janeiro de 1919; o levante de 5 de julho de 1922, no episódio dos Dezoito do Forte; a revolta de 5 de julho de 1924, resumida na primeira página da edição do dia seguinte:

"Movimento Militar - Forças do exercito e da policia revoltadas - Ataque ao palacio dos Campos Elyseos - As forças revoltadas tomaram as estações das estradas de ferro e o Telegrapho Nacional - O commando das forças revoltadas no Quartel da Luz - As providencias do governo - O estado de sitio no Districto Federal e Estados do Rio e São Paulo."

Seis anos depois, em 25 de outubro de 1930, em sua primeira página, o jornal saudou a deposição de Washington Luís por uma junta militar que encerrou os combates da revolução. "O Brasil respira. Desde hontem, está liberto do pesadelo que o suffocava. Cessou, hontem, no território nacional, a matança de irmãos", assinalou em sua primeira página. Quinze anos depois, em 30 de outubro de 1945, o jornal descrevia a queda do presidente que subira ao poder em 30, Getúlio Vargas, sob o título "Decisivos acontecimentos políticos ocorridos ontem na capital da República": "Declara o General Gois Monteiro, em nome das classes armadas, que o Presidente Getulio Vargas renunciará, transmitindo o governo ao Presidente do Supremo Tribunal Federal". Mais nove anos e, em 25 de agosto de 1954, o Estado descrevia as consequências do suicídio de Vargas e o traslado do corpo para São Borja (RS).

O jornal também acompanhou a renúncia de Jânio Quadros em 1961, a queda de João Goulart em 1964, toda a luta pela redemocratização e a volta da democracia e suas consequências, da eleição de Tancredo Neves para a Presidência, em 1985, até a primeira vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, repetida em 2006. "Acho que começa um novo tempo", declarou o presidente, em reportagem na página H2 do Caderno Eleições 2002, em 28 de outubro daquele ano.


sexta-feira, outubro 29, 2010

NOVO HELICÓPTEROS

EXÉRCITO NO ATAQUE

Por Galante



O ministro Nelson Jobim tem um abacaxi nas mãos. O Comando do Exército decidiu comprar 18 helicópteros de ataque russos MI-28, mas alguns brigadeiros ligados ao gabinete de Jobim insistem na compra de modelos MI-35, como os adquiridos pela FAB. Alegam a necessidade de padronização. A mecânica é a mesma, porém o MI-28 custa 30% menos do que os MI-35 negociados em 2008.

FONTE: Isto é / COLABOROU: Marcos Saulo



DEFESA CIVIL

Amazonas
HELICÓPTEROS AUXILIAM ENVIO DE ALIMENTOS PARA COMUNIDADES EM MANACAPURU

29 de outubro de 2010
TV Amazonas - portalamazonia@redeamazonica.com.br


MANACAPURU (AM) – Helicópteros do Exército Brasileiro foram acionados para ajudar no transporte de cestas básicas às comunidades isoladas pela seca dos rios em Manacapuru (68 quilômetros de Manaus).  Na região, faltam alimento e água potável para o consumo.

De acordo com o comandante da aeronave, Major Portela, com os helicópteros a Defesa Civil do Município está conseguindo enviar alimentos a regiões de difícil acesso devido ao baixo nível dos rios.

Segundo a Defesa Civil, cerca de 4 mil cestas básicas serão distribuídas para mais de cem comunidades rurais atingidas pela seca.

Até o momento, 61,5 mil famílias do Amazonas foram afetadas pela seca. São 40 municípios em estado de emergência e uma em calamidade pública. Segundo o governo do estado, a Defesa Civil já prestou ajuda a cerca de 24 localidades, com distribuição de alimentos e remédios.

Seca histórica

De acordo com dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o nível do Rio Negro bateu um recorde histórico. Segundo o gerente de hidrologia Daniel Oliveira, o índice chegou a 13,63 metros. Antes disso, o nível mais baixo havia sido registrado em 1963: 13,64 metros.

Outros rios da Amazônia registram baixas. Na sexta-feira, 22 de outubro, relatório do CPRM apontou baixa recorde do Rio Amazonas, na estação de Parintins. Na quarta-feira (20), o nível estava 10 centímetros abaixo do menor já visto anteriormente, em 1997.

TECNOLOGIA MILITAR


Ainda não são as aeronaves futuristas que levavam os soldados no filme Avatar, mas está ficando cada vez mais próximo disso. A agência americana DARPA, ligada ao exército americano e responsável pelos projetos especiais para os militares americanos, em conjunto com a Boeing, distribuíram fotos e um vídeo de um conceito de avião-helicóptero capaz de ter a mobilidade de um helicóptero e a velocidade de um avião.


O segredo da máquina está nos rotores retráteis colocados acima da aeronave: chamado de disco rotor, ao mesmo tempo que garantiriam o vôo vertical e a planagem do aparelho, eles se recolheriam quando se alcançasse determinadas velocidades e altitudes, permitindo alcançar velocidades de até 660 km/h. Para um avião, essa é uma velocidade até ordinária, mas para um helicóptero seria um aumento de velocidade fabuloso, pois mesmo os mais avançados helicópteros militares não ultrapassam a casa dos 400 km/h.

O grande desafio técnico da Boeing é fazer com que as hélices do disco rotor se retraiam com seguranaça, em todas as condições climáticas e de uso. Se tudo der certo, será mais uma vantagem para as tropas americanas e aliadas, que passarão a contar com veículo aéreo de grande velocidade e agilidade. Confira abaixo o vídeo demonstrativo do avião-helicóptero:


FONTE: http://www.putsgrilo.com/tecnologia/aviao-helicoptero-futurista-do-exercito-americano/

VANT

EXÉRCITO BRASILEIRO FARÁ USO DE “VANT” EM EXERCÍCIO
Ter, 26 de Outubro de 2010 14:56

Na primeira quinzena de novembro, o Exército realizará o primeiro teste do VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) em um teatro de operações real. O equipamento foi desenvolvido pelo Centro Tecnológico do Exército em parceria com a empresa civil ACS, e é voltado para a obtenção de informações sobre movimentação de tropas inimigas e reconhecimento de terreno, sem colocar em risco vidas humanas.

O VANT será empregado pela primeira vez em uma experimentação doutrinária durante o Exercício Agulhas Negras, que vai de 3 a 12 de novembro nas regiões de Pirassununga e Barra Bonita (SP), e testará as capacidades do equipamento. O modelo testado será o VT-15, que possui cerca de uma hora de autonomia e pode atuar em um raio de até 15 quilômetros. Capaz de operar em uma altura entre 1500 e 3000 pés, o VT-15 possui uma câmera de vigilância capaz de recolher informações vitais e que garantam uma maior segurança para a tomada de decisões.

Exercício Agulhas Negras

O Exercício Agulhas Negras - Operação Barra Bonita, realizado na região de Pirassununga e Barra Bonita, interior de São Paulo, consiste em um treinamento de defesa territorial, onde um País invadiria o território brasileiro e precisasse ser expulso.

Reunindo 4.500 militares de diversos Estados, o exercício contará com treinamentos de travessia de curso d'água, infiltração aeromóvel, assalto aeromóvel, suprimento aeromóvel e aeroterrestre, marcha para o combate, ataque a uma posição sumariamente organizada, junção, substituição e infiltração. Estarão presentes na simulação militares da 11ª Brigada de Infantaria Leve, a 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), a Brigada de Infantaria Paraquedista, o Comando de Aviação de Exército, a 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, o 12º Grupo de Artilharia de Campanha, o 2º Batalhão de Engenharia de Combate, a 1ª Companhia de Guerra Eletrônica, a Companhia de Defesa Química, Biológica e Nuclear, o 6º Grupo Lançador Múltiplo de Foguetes, além de soldados do 2º e 8º Batalhões de Polícia do Exército.

FONTE: http://www.tecnodefesa.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1809:exercito-brasileiro-fara-uso-de-vant-em-exercicio&catid=35:noticias&Itemid=55

SOLDADO CIDADÃO

EMBRAPA E EXÉRCITO JUNTOS FORMANDO “SOLDADO CIDADÃO” EM PE
(27/10/2010)

Dentro da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a Embrapa promoveu capacitação sobre construção de hortas orgânicas para um grupo de 25 militares do Comando da 7ª. Região Militar e 7ª. Divisão do Exército em Pernambuco.

Realizada no Recife, na quinta-feira (21), a iniciativa fez parte da formação do “Soldado Cidadão”, projeto do Ministério da Defesa, que agora contará com a participação efetiva da Embrapa nas áreas de solos, olericultura e fruticultura.

Para a realização do evento, três Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foram envolvidas: Embrapa Solos – UEP Nordeste (Recife, PE), Embrapa Semiárido (Petrolina, PE) e Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE).
O treinamento teórico e prático abrangeu desde o cultivo de hortaliças até a produção de compostos orgânicos e biofertilizantes, além de húmus de minhoca. O curso foi ministrado pelos pesquisadores Maria Sonia Lopes da Silva (Embrapa Solos), Nivaldo Duarte Costa, Tony Jarbas Ferreira Cunha e José Adalberto de Alencar (Embrapa Semiárido), e pelo analista José Gouveia de Figueiroa (Embrapa Tabuleiros Costeiros).

Na prática de campo, os militares puseram a mão na massa aplicando os conhecimentos adquiridos no manejo das hortas e preparo de insumos agroecológicos. Essa atividade foi o pontapé inicial da parceria formada entre a Embrapa e o Exército, no Recife, que prevê outros cursos e oficinas em 2011.

Ao final, a pesquisadora Maria Sonia, representando a Embrapa, recebeu a distinção de “Amigo do Exército” das mãos dos comandantes, General Nilson Ananias e Major André Sodré Lira Brandão, em cerimônia realizada no pátio do Comando.

Saulo Coelho  (MTb/SE 1065)
Jornalista - Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE)
Contatos: saulocoelho@cpatc.embrapa.br / (79) 4009-1381
Mais Informações: sac@cpatc.embrapa.br

OPERAÇÕES DE FRONTEIRA

Polícia
29 de Outubro de 2010 - 10:49
MT: EXÉRCITO UTILIZARÁ CÃES FAREJADORES EM OPERAÇÕES NA FRONTEIRA

Fonte: Assessoria

A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil, finalizou neste mês o adestramento de dois cães do Exército Brasileiro. Os animais das raças pastor alemão e labrador, um macho e outra fêmea, serão utilizados em operações da 13ª Brigada do Exército Brasileiro. O preparo dos cães teve duração de oito meses e foi realizado pelos mesmos policiais que cuidam do treinamento dos cães da Delegacia de Entorpecentes da Capital.

Os cães de faro estão cada vez mais sendo empregados em ações policiais de buscas por armas e drogas, principalmente na localização de entorpecentes, devido sua capacidade de farejar em situações que o policial levaria muito mais tempo e correria maior risco. A Polícia Civil mantém treinados três cães, todos labradores, na Especializada de Entorpecentes, além de um filhote.

O tenente do Exército, Felipe de Oliveira Marques, disse que o Exército vai utilizar cães farejadores em operações na fronteira. "O Exército tem o poder de polícia na faixa de fronteira e os cães vão dar apoio nas operações", declarou.

Os animais da DRE são utilizados constantemente em operações da Delegacia e dão suporte às demais unidades da Polícia Civil da Capital e do interior. Eles também são requisitados nas operações da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal e da Polícia Militar. "Numa busca domiciliar, o uso de cães de faro otimiza o tempo e a exposição do policial à situação de risco", explica a delegada-adjunta da DRE, Elaine Fernandes.

Os adestradores, investigador Francisnei Dias e o sargento da Polícia Militar Antonio Marques Portugal, explicaram que os animais têm alto poder de detectar narcóticos e também excelentes para guarda e proteção pessoal. De acordo com eles, o preparo dos animais do Exército consistiu em treiná-los para ações na vegetação rasteira, intermediária, na mata fechada, para buscas em veículos, domiciliar e droga enterrada. "A diferença é só no ambiente que é mais hostil", comentam.

Conforme os policiais, a maior dificuldade para os animais são as buscas por droga enterrada em tambor, uma artimanha utilizada pelos traficantes para inibir o odor da substância e dificultar o faro. A polícia já encontrou situações em que a droga seria depositada num compartimento do tambor lacrado e com água por cima. Depois o tambor é todo enterrado em um burraco no chão e por cima plantado algum tipo de vegetação.

Com larga experiência no adestramento, o sargento Portugal ressalta que não é qualquer animal que serve para a atividade policial. Segundo ele, o cão precisa ter iniciativa, ser esportivo, ter espírito de luta e possessivo.

Os cães da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso são empregados em ações de buscas e apreensão de drogas, operações policiais nas rodovias, na abordagem de veículos e ainda na proteção e segurança dos policiais. Os animais são considerados importantes aliados na fiscalização.

Fonte: http://www.sonoticias.com.br/noticias/9/115202/mt-exercito-utilizara-caes-farejadores-em-operacoes-na-fronteira