sexta-feira, novembro 26, 2010

APOIO MILITAR AO RIO

Apoio militar dado ao Rio foi apenas pontual, diz ministro da Justiça
PARA LUIZ PAULO BARRETO, POLÍCIAS PACIFICADORAS SÃO CAMINHO PARA LEVAR PAÍS A 'NOVO PATAMAR' DE SEGURANÇA PÚBLICA.
26 de novembro de 2010 | 6h 12


Governo nega que política de segurança seja 'linha-dura'

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, definiu como "pontual" a participação das Forças Armadas na operação que ocupou a favela Vila Cruzeiro no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, ressaltando que toda a operação foi conduzida pelas forças de segurança do Estado.

"Hoje a polícia do Rio precisou usar veículos de apoio e preferiu usar os blindados porque era uma área de muita criminalidade. Mas toda a ação das forças militares ali foi pontual, uma ação de apoio logístico a essa operação da polícia", afirmou, em entrevista à BBC na noite de quinta-feira.

Numa operação com quase 400 homens, a Marinha cedeu nove veículos blindados para transporte de policiais para a Vila Cruzeiro, que era considerada um dos principais redutos do tráfico na cidade e foi ocupada pela polícia. Dezenas de traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, favela vizinha que continua sob domínio de facções criminosas.

O governo federal negou que o Brasil esteja adotando uma política de segurança de "linha-dura", destacando que o endurecimento no Rio foi uma reação aos ataques que vêm ocorrendo desde domingo.

De acordo com Barreto, o foco da política nacional são políticas pacificadoras e preventivas. Ele diz que o governo repassa atualmente US$ 1 bilhão para polícias pacificadoras, já presentes em 25 locais de 11 capitais no país.

Barreto elogiou a política de segurança pública do Rio e disse que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) são o caminho para levar a segurança pública do país "a um novo patamar", que permita ao país receber o Mundial de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 "num processo de paz e confraternização mundial".

"As UPPs são um sucesso. Elas permitiram à população recuperar o território, a cidadania, a segurança", afirmou, contando que visitou uma das 12 comunidades já beneficiadas ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro admitiu que a implantação das UPPs não impede que traficantes simplesmente se desloquem para outras comunidades, mas argumentou que ainda assim elas são um golpe para grupos criminosos estabelecidos. "Os que se deslocam não conseguem reproduzir, num ambiente estranho, aquela criminalidade que desempenhavam onde viviam e nasceram", disse. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 

GLO - OPERAÇÃO DE GUERRA

Depois da Marinha, Exército e Aeronáutica entram na guerra do Rio
ONTEM, POLICIAIS EM BLINDADOS OCUPARAM A VILA CRUZEIRO, QG DO COMANDO VERMELHO, EM AÇÃO QUE TEVE ATÉ FECHAMENTO DO ESPAÇO AÉREO
26 de novembro de 2010 | 0h 00

- O Estado de S.Paulo

RIO - Depois de cinco dias de confrontos no Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou 800 homens do Exército para a cidade, além de mobilizar Aeronáutica e Polícia Federal. Ontem, em operação policial sem precedentes, já com apoio de blindados da Marinha, a polícia ocupou a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha (zona norte do Rio), após 40 horas de intenso tiroteio.


Marcos Michael/EFE
Tática. Maior operação da semana mobilizou 510 policiais. 'Virou uma guerra civil', disseram moradores; ruas da Penha ficaram vazias

"Não é humanamente possível que 99% das pessoas sejam molestadas por gente que está na marginalidade. Portanto, o Rio pode ficar 100% tranqüilo que o governo dará ajuda", disse Lula em Georgetown, capital da Guiana. Segundo ele, um pedido formal de auxílio para uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi feito anteontem pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

O Exército vai garantir a proteção dos perímetros das áreas ocupadas por policiais. Já a Aeronáutica vai enviar dois helicópteros. Ainda serão mandados mais dez blindados das Forças Armadas, além de equipamentos de comunicação e óculos de visão noturna. Pela primeira vez na história, homens da Polícia Federal, pelo menos 300, atuarão no Estado já a partir de hoje.

Pelo menos 35 pessoas já morreram no Rio desde domingo. O número não inclui os mortos de ontem na Vila Cruzeiro, quartel-general do Comando Vermelho - o total não foi revelado pelo governo. Ontem, os ataques continuaram e se espalharam pela cidade, atingindo até o Túnel Rebouças, que liga as zonas norte e sul. Nos cinco dias, pelo menos 61 veículos já foram incendiados.   

BANCO CENTRAL - NOVAS NOTAS

BC COMEÇA A PARTIR DE NOVEMBRO DE 2010, PROGRESSIVAMENTE A TROCAR AS ATUAIS NOTAS EM CIRCULAÇÃO NO PAÍS.

ARSENAL DOS TRAFICANTES - OBSTÁCULO PARA A SEGURANÇA PÚBLICA

IMPRENSA INTERNACIONAL - GUERRA AO TRÁFICO

OPERAÇÃO MILITAR - RIO DE JANEIRO

GUERRA AO TRÁFICO - RIO DE JANEIRO

25/11/2010 - 22h03 / Atualizada 26/11/2010 - 00h21
RIO DE JANEIRO VIVE GUERRA CONTRA O TRÁFICO; ATAQUES A VEÍCULOS CONTINUAM

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Mesmo com a manutenção do efetivo policial nas ruas do Rio de Janeiro na noite desta quinta-feira (25), os criminosos desafiam a ação de reforço da segurança pública e continuam a incendiar veículos, a exemplo do que ocorreu ao longo da semana. O Rio teve um dia de guerra contra o tráfico, com cenas típicas: fuga de bandidos armados pelo morro, veículos blindados da Marinha circulando pelas ruas, tiroteios, mortes, prisões e veículos em chamas. Depois de a Marinha oferecer apoio logístico, o Ministério da Defesa anunciou o envio de 800 homens ao Rio.

Os criminosos não deram trégua. Segundo a Polícia Civil, três veículos foram queimados na noite de quinta (25) entre 20h e 21h: um ônibus na avenida Presidente Vargas (centro), um carro no bairro Cosme Velho (zona sul) e uma van na zona sul (o bairro não foi confirmado). Também há informações de veículos incendiados em São Cristóvão (zona norte), na autoestrada Grajaú-Jacarepaguá (zona norte), em Copacabana (zona sul), além de incêndios em Duque de Caxias (Baixada Fluminense) e Cabo Frio (região dos Lagos).

Antes disso, segundo balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública do Estado, 31 veículos foram incendiados ao longo do dia, totalizando 74 veículos queimados por criminosos desde domingo, quando a onda de ataques começou a se intensificar. Os veículos queimados nesta quinta estavam, na maioria, perto de favelas, diferentemente dos outros ataques da semana, que ocorreram em vias que estão entre as mais movimentadas da região metropolitana do Rio.

Durante a semana, motoristas foram vítimas de arrastões, foram roubados e tiveram seus veículos incendiados. Virou rotina a interceptação de ônibus por grupos armados que obrigavam os passageiros a descer e ateavam fogo aos veículos. Nesta quinta, um homem teve cerca de 60% do corpo queimados num desses incêndios a ônibus, na Tijuca (zona norte). A vítima, segundo bombeiros, estaria num ônibus da linha 409, atacado por criminosos. Ela não foi identificada e o hospital do Andaraí, para onde ela foi levada, ainda não divulgou informações sobre seu estado de saúde. Também desde domingo,  188 pessoas foram presas ou detidas e, de acordo com a Polícia Militar, 25 pessoas (supostamente criminosos) foram mortas em confrontos.

Um cenário de guerra tomou conta da cidade desde o início da manhã desta quinta, numa operação em que soldados do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) puseram em prática uma operação para a ocupação da Vila Cruzeiro, que integra o complexo de favelas da Penha. Seria o local onde, de acordo com a polícia, estaria o comando da onda de ataques organizados pelos criminosos.

Pela manhã, um longo comboio da polícia com sete veículos blindados e carros de assalto da Marinha se deslocava para a Vila Cruzeiro. Ao lado da igreja da Penha, as tropas do Bope se concentraram e recebiam as últimas instruções antes de iniciar a ocupação da Vila Cruzeiro. Simultaneamente, veículos eram incendiados em pontos diferentes da cidade. Um grupo de 200 policiais civis participou de uma ação no Jacarezinho que terminou com nove homens mortos (traficantes, segundo a polícia).

Os traficantes da Vila Cruzeiro, local que, segundo a polícia, servia de refúgio para vários "refugiados" de regiões antes dominadas pelo tráfico e hoje ocupadas por UPPs (Unidades da Polícia Pacificadora, hoje presentes em 13 comunidades do Rio), reagiram à chegada do "inimigo", como encaram a polícia. Fizeram barricadas com pneus queimando e incendiaram carros para tentar bloquear a passagem do comboio do Bope.


A tropa de elite do Bope ocupou a Vila Cruzeiro, provocando uma fuga em massa de dezenas de criminosos, muitos deles fortemente armados, por uma estrada de terra. Câmeras de TVs captaram a "debandada" em imagens aéreas. Uma caminhonete passou lotada e deu carona a outros traficantes que corriam pelo caminho. Houve tiroteio. Alguns foram atingidos. Os que conseguiram escapar da Vila Cruzeiro foram para o Complexo do Alemão, área vizinha, onde a polícia promete fazer buscas nesta sexta. No arsenal da segurança pública, voltará a operar o helicóptero blindado da polícia, que estava em manutenção.

Enquanto ocorriam a ocupação e a fuga em massa dos criminosos, moradores da favela acenavam com lenços brancos pelas janelas, em sinal de pedido de paz.

A polícia estima que aproximadamente 200 criminosos armados fugiram para o Complexo do Alemão, vizinho à comunidade. A fuga foi feita por uma estrada de terra que corta o Morro do Caricó, que é desabitado e separa as duas comunidades. 

O apoio logístico da Marinha foi cedido pelo governo federal na ação do governo do Rio para tentar acabar com o "poder paralelo" do tráfico, que domina há anos várias áreas do Rio de Janeiro. A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), telefonou nesta quinta para o governador Sérgio Cabral para manifestar seu apoio ao trabalho de enfrentamento ao crime organizado. A comissão de segurança pública da Câmara dos Deputados anunciou que vai mandar ao Rio um grupo de parlamentares na semana que vem para acompanhar o trabalho de combate ao crime no Estado.


A polícia suspeita que presos ligados ao crime organizado também ajudam a comandar as ações dos bandidos. Onze presos foram transferidos nesta quinta do Rio para um presídio de segurança máxima em Rondônia.

Após os confrontos, o subchefe operacional da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira, afirmou ao jornalistas que a favela estava tomada. “Posso dizer com 100% de certeza que a Vila Cruzeiro é do Estado”, afirmou. Cerca de 250 policiais participaram da ocupação, que não tem data para ser encerrada, segundo as autoridades.

Em entrevista coletiva no final da tarde, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou que o objetivo central das ações da polícia no Estado é o de retirar território do tráfico. 

“Essas ações estão sendo feitas com o objetivo de garantir a continuidade do que está sendo feito. Foi tirado dessas pessoas o que nunca foi tirado, o território. Seu porto seguro. Eles faziam suas barbaridades e corriam para seu reduto, protegidos por armas de guerra. É importante prender, mas é mais importante tirar o território”, disse Beltrame. “Se não tirar o território, não se avança.”

Entenda os ataques

Uma onda de violência assola o Rio de Janeiro desde o último domingo (21), quando criminosos começaram uma série de ataques e incendiaram veículos, entre carros, coletivos e caminhões.

Na segunda-feira, as autoridades fluminenses consideraram os ataques uma resposta à política de ocupação de favelas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e à transferência de presos para presídios federais. A intenção seria colocar medo na população.

A polícia investiga se os ataques estão sendo orquestrados pelas facções criminosas Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos). Na quarta-feira, oito presidiários foram transferidos do Rio para o presídio de segurança máxima em Catanduvas (PR). Nesta quinta, detentos do Rio que estavam em Catanduvas foram transferidos para Porto Velho (RO).

Desde o começo da semana, uma megaoperação está sendo feita em diversas comunidades da capital, sendo a Vila Cruzeiro, no subúrbio do Rio, o local com combates mais intensos.

Uma determinação do comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, obrigou todos os policiais de folga a retornar para seus batalhões. A Marinha foi enviada para ajudar no combate e o governo federal enviou reforço da Polícia Rodoviária Federal.

Grandes quantidades de armas e drogas estão sendo apreendidas diariamente. A operação não tem data para acabar, informam as autoridades.
 

quarta-feira, novembro 24, 2010

PROJETO SOLDADO CIDADÃO

I PRÊMIO MELHOR GESTÃO DO PROJETO SOLDADO-CIDADÃO

No dia  8 de dezembro, será realizada a cerimônia de entrega do I Prêmio Melhor Gestão do Projeto Soldado-Cidadão às Organizações Militares que se destacaram ao longo do ano. Serão premiados o Comando do 8º Distrito Naval de São Paulo (SP), o 61º Batalhão de Infantaria de Selva em Cruzeiro do Sul (AC) e a Base Aérea de Natal (RN).

Este Prêmio é uma iniciativa do Ministério da Defesa, cujo objetivo é reconhecer e divulgar as melhores práticas de gestão em todo o território nacional.

O Projeto Soldado-Cidadão fornece qualificação profissional aos militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para que, ao fim do tempo de Serviço Militar, possam enfrentar o mercado de trabalho em melhores condições. De 2002 até o fim deste ano, a ação terá beneficiado cerca de 150.000 jovens.

5ª CIA PE - CURSO DE MOTOCICLISTA

1º BPE - CURSO DE MOTOCICLISTA MILITAR

AEROVIÁRIOS QUESTIONAM ANAC CONTRA O CAOS AÉREO

terça-feira, novembro 23, 2010

JUSTIÇA MILITAR

EXÉRCITO ANUNCIA PRISÃO DE 2 SARGENTOS POR CRIME EM PARADA GAY DO RIO
Estudante foi baleado no Arpoador e suspeita-se que disparo tenha vindo de arma de um dos militares
18 de novembro de 2010 | 14h 26

Pedro Dantas - O Estado de S.Paulo

RIO - Em nota, o Comando Militar do Leste (CML) anunciou esta quinta-feira, 18, que dois sargentos foram presos preventivamente por envolvimento no caso do estudante baleado após a Parada Gay de Copacabana, na noite do dia 14 de novembro.

De acordo com o CML, "medidas investigatórias preliminares e exames periciais realizados" apuraram que os 3º sargento Ivanildo Ulisses Gervásio e o 3º sargento Jonathan Fernandes da Silva foram os militares que agrediram as pessoas no Parque Garota de Ipanema, no Arpoador, zona sul do Rio, e um deles atirou em D., de 19 anos. A Polícia Civil investiga o envolvimento de outros militares e se eles tinham um esquema de extorsão dos frequentadores do parque utilizado para encontro de casais homossexuais.

De acordo com o Exército, o Inquérito Policial Militar (IPM) foi instalado logo após a denúncia do fato. O jovem agredido está na 14ª Delegacia de Polícia do Leblon para reconhecer os agressores. Na parte da tarde, a Polícia Civil deve realizar uma reconstituição da tentativa de homicídio.

FORÇAS ARMADAS

FORÇAS ARMADAS LIDERAM PREFERÊNCIA COMO INSTITUIÇÃO MAIS CONFIÁVEL
Em segundo lugar vem a Igreja, seguida pelas emissoras de TV.
18/11/2010 - 12h23

SÃO PAULO - A confiança da população nas instituições sofreu mudança importante no último trimestre. É o que revela pesquisa do Índice de Confiança na Justiça (ICJ Brasil), produzido pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo (FGV-SP). As Forças Armadas ficaram em primeiro lugar, com 66% da preferência dos entrevistados. Em segundo, apareceu a Igreja, com 54%, seguida pelas emissoras de TV (44%). 



O Judiciário ficou em situação desconfortável, empatado com a polícia e à frente apenas do Congresso e dos partidos políticos.

FGV

Para Luciana Gross Cunha, professora da Escola de Direito da FGV-SP e coordenadora do ICJ Brasil, a controvérsia sobre o aborto travada entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais pesou decisivamente para o aumento do índice de confiança na Igreja, que subiu do 7º para o 2º lugar. "A Igreja estava em um grau baixo de avaliação quando foi feita a apuração no segundo trimestre, muito perto da crise envolvendo a instituição com denúncias de pedofilia", observa Luciana. "A última fase da coleta coincidiu com a discussão sobre o aborto nas eleições presidenciais. Isso fez a diferença."

Já a confiança nos partidos políticos despencou de 21% para 8% no mesmo período de eleições, mantendo-se em última posição na escala. Apenas 33% disseram que o Judiciário é confiável. O Congresso ficou com 20%. As outras instituições obtiveram os seguintes resultados: Grandes Empresas (44%), governo federal (41%), emissoras de TV (44%) e imprensa escrita (41%).

JUSTIÇA MILITAR


JUSTIÇA MILITAR CONDENA SOLDADOS ACUSADOS DE TRÁFICO DE DROGAS EM JUIZ DE FORA
Publicado em 18/11/2010


Por MGTV Panorama
Pena de três anos será cumprida em regime aberto


A Justiça Militar condenou os quatro soldados do Exército acusados de tráfico de drogas em Juiz de Fora. A pena de três anos de reclusão será cumprida em regime aberto. Após a decisão, o Exército Brasileiro expulsou os soldados. Em 30 de julho eles foram pegos com 60 papelotes de cocaína dentro do alojamento da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, no bairro Mariano Procópio, zona Nordeste da cidade.


CASO DE SOLDADOS PRESOS POR TRÁFICO VAI PARAR NA JUSTIÇA MILITAR
Publicado em 30/07/2010
Por MGTV Panorama
Quatro recrutas foram pegos com drogas em Juiz de Fora

Quatro soldados do Exército foram presos por tráfico de drogas na região nordeste de Juiz de Fora. Os recrutas foram surpreendidos, na noite dessa quarta-feira (29), com 60 papelotes de cocaína dentro do alojamento da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada e Guarnição, no bairro Mariano Procópio, Zona Nordeste da cidade.

O comandante, general de Brigada Walmir Almada Schneider Filho, informou em nota oficial que os recrutas estão presos no 10º Batalhão de Infantaria. Os nomes não foram divulgados. Se sabe apenas que eles entraram nas Forças Armadas em março deste ano. Estavam em formação e já tinham passado pela instrução anti-drogas.

A Polícia do Exército autuou os quatro por tráfico de drogas. Agora o caso vai para a Justiça Militar. O advogado dos recrutas, José Carlos Stephan, informou que lá não existe diferença entre usuário e traficante de drogas. Se condenados, os soldados podem pegar até cinco anos de prisão.

BASE BRASILEIRA NO HAITI

BRASIL
BASE BRASILEIRA NO HAITI ADOTA MEDIDAS PARA EVITAR DISSEMINAÇÃO DO CÓLERA ENTRE SOLDADOS.

Vitor Abdala - Enviado Especial a Porto Príncipe (Haiti)
Da Agência Brasil

A base militar que abriga as forças de paz brasileiras no Haiti adotou medidas para evitar a disseminação do cólera entre os soldados que participam da missão. Entre as medidas adotadas para evitar a doença, que já afetou milhares de pessoas e matou cerca de mil no país, está a desinfecção de botas e dos pneus dos carros que circulam pelas ruas da capital Porto Príncipe.

Assim que entram nas instalações dos três batalhões brasileiros, militares e visitantes precisam pisar sobre um tapete azul, encharcado com cloro e álcool. Já os veículos militares são parados no portão de entrada e têm seus pneus desinfetados com a mesma substância.

Outras ações, que também evitam a propagação do cólera, já vêm sendo tomadas pelas tropas brasileiras mesmo antes do aparecimento da doença, no fim de outubro, como o uso de álcool gel para a desinfecção das mãos, o tratamento da água usada pelo batalhão e a importação da comida e da bebida consumidas na base.

Segundo o coronel José Carlos Avellar, subcomandante do Brabat 2, um dos três batalhões brasileiros que compõem a força de paz no Haiti, por enquanto as medidas foram suficientes para manter a base militar livre da doença. Nenhum militar brasileiro foi infectado. “Nós estabelecemos um protocolo que é internacionalmente aceito como eficiente para a prevenção do cólera”, disse.

Avellar explicou ainda que os soldados são orientados a não consumir nenhum alimento fora da base. Caso a epidemia se alastre por Porto Príncipe e os militares sejam levados a atender doentes nas ruas, haverá também um protocolo específico para essa situação.

“Eles estão sendo treinados especificamente para lidar com pessoas que sejam eventualmente recolhidas nas ruas com sintomas do cólera. Eles vão levar óculos de proteção, luvas, aventais e baldes com cloro para depois limpar a viatura”, afirmou o coronel, destacando que os equipamentos serão comprados no próprio Haiti, caso seja necessário usá-los.

Segundo o coronel, se eventualmente um militar for infectado, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), instalada no país desde 2004, está preparada para isolar o paciente do resto do contingente tão logo ele apresente os sintomas da doença.

KC-390 - TRANSPORTE MILITAR


KC-390
OBRA DA ENGENHARIA AERONÁUTICA BRASILEIRA 

Poucos países no mundo têm condições tecnológicas para fabricar aeronaves como essa. 

Devemos nos orgulhar da seleção brasileira, do nosso Carnaval; mas, sobretudo, da nossa capacidade de vencer os desafios do desenvolvimento.


AVIAÇÃO MILITAR

Nasce o KC-390, o primeiro transporte militar a jato fabricado pela indústria aeronáutica brasileira.

O projeto KC-390 é parte de um programa da Força Aérea Brasileira para a incorporação de um avião com capacidade para transportar carga e realizar o reabastecimento em vôo dos seus caças. O projeto exigirá investimentos de US$ 1,3 bilhão até 2015, data em que deverá estar pronto o protótipo.

Com peso máximo de decolagem de 61 toneladas, carga máxima de 20 toneladas e cruzando a aproximadamente 900 km/h , a aeronave que a Embraer desenvolverá ocupará uma faixa do mercado na qual há poucos aviões com essas características.

APTO PARA QUALQUER MISSÃO

A existência do estudo sobre esse jato bimotor de transporte militar foi divulgada há dois anos. O projeto está baseado em uma fuselagem e uma empenagem totalmente novas, com ampla utilização de materiais compostos e as asas dos aviões da família E-Jet, com as lógicas modificações necessárias para colocar os dois grandes motores e os equipamentos do sistema de reabastecimento em vôo, além de, logicamente, a sua instalação sobre a fuselagem.

A Embraer assinou, recentemente, um acordo com a indústria norte-americana Hitco Carbon Composites para o fornecimento de parte da estrutura traseira do avião feita de materiais compostos e com a Denel Saab Structures, da África do Sul, para a fabricação da empenagem com os mesmos materiais.

A aeronave contará com tecnologia fly-by-wire e poderá decolar em cerca de 1.370m em pistas mal preparadas.

"O lançamento do programa KC-390 representa um novo marco na associação estratégica e histórica entre Embraer e a Força Aérea Brasileira", declarou Frederico Fleury Curado, diretor-presidente da Empresa Brasileira de Aeronáutica. "Acreditamos que o desenvolvimento do KC-390 proporcionará um produto altamente eficiente para ser usado pela FAB em suas missões de transporte de cargas e reabastecimento em vôo, além de representar mais um ótimo produto de exportação.

AVIÕES DE TRANSPORTE

Como já aconteceu no passado com outros programas da Embraer, a Força Aérea Brasileira estabeleceu os requisitos para esse avião. Essa colaboração, que já conta com cerca de 40 anos, deu o impulso para o desenvolvimento de uma indústria aeronáutica brasileira que tem superado todas as expectativas.

A associação empresa-governo tem dado ótimos resultados e os êxitos comerciais da Embraer são indiscutíveis, mostrando um exemplo do que deveria ser seguido por outros países como, por exemplo, a vizinha Argentina, onde uma promissora indústria aeronáutica, que chegou a ser a mais importante da América Latina, foi sendo destruída por uma série de governos que ao longo dos últimos anos foram incapazes de ver nela uma fonte tecnológica e de desenvolvimento para o país.

Exemplos brasileiros disso são os produtos da Embraer – e estamos falando apenas do mercado militar – o EMB-312 Tucano, o EMB-314 Super Tucano, o AMX e as versões eletrônicas especializadas do ERJ-145 (145 AEW&C e RS/AGS). A Força Aérea Brasileira precisa substituir parte da sua frota de transporte e, muito especialmente, seus aviões utilizados para reabastecimento em vôo, os Boeing KC-135 Stratotanker.

O KC-390 estará em serviço a partir de 2015.

Em um relatório, a Embraer destacou que esse programa contribuirá, a curto prazo, para a manutenção de empregos de alta qualificação e, em um prazo mais longo, conta com potencial para gerar expressivos volumes de exportação de grande valor agregado, depois da importante reestruturação realizada pela empresa há poucos meses.

Fernando Fischer / texto: José M. Rodríguez
Imagens Embraer