domingo, abril 20, 2008

LULA E O GENERAL.

Retirado da Resenha do CCOMSEx
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OPINIÃO
Lula e o general
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As declarações do general Augusto Heleno nos fazem pensar pela relevância das mesmas. O perigo de demarcar terras em áreas fronteiriças é grande e não há garantia de que as mesmas continuem fazendo parte do território nacional, como é de se esperar. Além do perigo de que a área seja contaminada pelo tráfico de cocaína ou por soldados de países vizinhos. As declarações são sérias, porém não graves. Grave é o governo querer repreender um general por ter manifestado desagrado perante esse projeto. Isso não é democrático. Democrático foi quando a direção da Anac dava declarações contraditórias e o governo calava-se. Democrático foi também quando dito que tínhamos a terceira maior reserva petrolífera, causando euforia na Bolsa, e dois dias depois comprovado o equívoco. Em nenhum desses episódios houve repreensão pública.
MARIA LINA DA NÓBREGA FERRARO
(por e-mail, 18/4), Rio
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É inegável o avanço, no governo Lula, em diversos setores, principalmente na economia e na melhoria das condições de vida da população menos favorecida, ignorada pelos últimos governantes. Mas também é fato que nesse governo houve um retrocesso em algumas áreas e a principal delas é a questão da Amazônia. A política ali aplicada, além de caótica, é perigosa, pois, atrelada ao sucateamento das Forças Armadas e à pouca importância que se dá à segurança de nossas fronteiras, pode provocar uma convulsão social de grande alcance e de conseqüências imprevisíveis. Presidente, com a Amazônia não se brinca.
JOSÉ MAURO SAAR
(por e-mail, 18/4), Iguaba Grande, RJ

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Fiquei admirada com a reação do presidente Lula, em não aceitar a colocação da realidade na qual vive o general Heleno. Ele vive in loco a problemática indigenista daquela região. Além disso, o general é uma pessoa instruída e responsável, fidedigna da realidade de nosso país. Afinal, estamos na tão esperada democracia brasileira? Já entendi. Para os amigos, tudo é democracia! Para os inimigos, cumpra-se a lei!
REGINA SEMPRINE
(por e-mail, 17/4), Rio

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Só quem não conhece a estrutura política do país pode contestar a declaração do general Heleno de que as Forças Armadas servem ao Estado e não ao governo. O Estado é a nação brasileira e como parte dele existem as Forças Armadas e os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Estes servem ao Estado e seus membros são transitórios, porém essas instituições são permanentes. Entretanto, há políticos que pensam como o rei Luiz XIV, que dizia: "O Estado sou eu." Estes políticos não sabem que Luiz XIV já morreu há muito tempo.
PEDRO CARVALHO
(por e-mail, 18/4), Rio

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O presidente manda chamar o ministro da Defesa e o comandante do Exército para se queixar do general. Não seria mais producente ao país se chamasse o presidente da Funai para saber realmente o que está ocorrendo com nossos índios; se o que fala o general está correto ou não? Chamar Jobim ou o comando do Exército só vai resolver o ego do sr. Lula; não vai trazer nenhuma melhoria para a política indigenista.
MARCOS ANTONIO CAMINHA
(por e-mail, 18/4), Niterói, RJ

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Parabéns, general Heleno! O senhor não deve explicação alguma ao presidente da República, pois está tudo explicado. A política indigenista é caótica sim, pois se índio é capaz de ter picapes importadas e cobrar pedágio em terras demarcadas, entre outras coisas, tem capacidade também de responder por seus atos à Justiça e ser responsabilizado por qualquer delito que cometa, o que não é o caso. As Forças Armadas servem ao Estado e não ao governo, certíssimo!
CHARLES MARCEL PAIXÃO MILNER
(por e-mail, 18/4), Rio das Ostras, RJ

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Realmente, o Exército não é para servir a um governante. O sr. presidente da República é o chefe das Forças Armadas, e o general sabe disso, entretanto, não tem que necessariamente concordar em todos os itens. Quando o ex-presidente Collor liberou uma grande área indígena, o resultado foi o pior possível para o país. Entre outras coisas, surgiram pistas para aeronaves de pequeno porte que cometiam todos os tipos de contrabando. Os índios, como o restante do povo, merecem respeito. Quanto à Funai, que se torne efetiva e trabalhe em favor dos mesmos. A todo instante, reclamam do trabalho desenvolvido pelo órgão. Existem pessoas e nações bastante interessadas na nossa floresta. Precisamos estar vigilantes e atentos.
JULIO CESAR COSENZA
(por e-mail, 18/4), Rio
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Foram uma grata surpresa as palavras do general Heleno sobre a situação das demarcações de territórios indígenas. Finalmente, alguém se levanta em prol da soberania. Só coloco um apêndice ao discurso do general: o Congresso deve rever a situação do índio brasileiro - o título de incapaz deve ser retirado e dada cidadania plena, com direitos e deveres.
FERNANDO MAURO FONSECA CHAGAS
(por e-mail, 18/4), Rio
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Entender o que disse o general Heleno como ato de quebra de hierarquia, ao expor as mazelas da nossa política indigenista, que chega a destinar quase 40% de Roraima para abrigar menos de 20 mil índios com exclusividade, parece-me falta de sensatez e equilíbrio. Acredito que o momento seja de reflexão. Por que não ouvir o que todos têm a dizer e, de forma sensata, racional e equilibrada, estabelecer-se o que deve ser feito para o bem de todos e do país? Por que cobrar quebra de hierarquia de um dos quadros mais importantes das nossas Forças, com serviços relevantes prestados à ONU junto ao Haiti, em nome do Brasil?
SIDNEY MOYSÉS
(por e-mail, 18/4), Rio
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O general Augusto Heleno é subordinado ao presidente Lula, que é o comandante supremo das Forças Armadas. Quem diz isso não sou eu, é a Constituição brasileira. E mais: os que criticam o presidente Lula e exaltam o general, no regime militar não poderiam fazê-lo ao contrário. Já que o tema é a Amazônia, teriam liberdade, por exemplo, para criticar o rio de dinheiro jogado fora na Transamazônica? Provavelmente, a carta não seria nem publicada, o autor preso arbitrariamente, e sem direito à defesa.
NELIO SAMPAIO DE FARIA
(por e-mail, 18/4), Rio
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Como contemporâneo nos bancos escolares, no Colégio Militar do Rio, pude constatar que o aluno Heleno ali já se destacava pela aplicação nos estudos, pelo comportamento reto e pelo amor à carreira militar. De há muito não emergia do seio das Forças Armadas uma liderança que defendesse, com inegável coragem, patriotismo e equilíbrio, os interesses nacionais, agora seriamente ameaçados. Com todo o respeito que a nação indígena merece, mas que país é esse onde o Exército Brasileiro não pode intervir em parte de seu território para garantir a lei, a ordem e a segurança nacional?
MILTON CORRÊA DA COSTA
(por e-mail, 18/4), Rio
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A integridade territorial do Brasil não se condiciona a partido político. É responsabilidade de todos os brasileiros, muito em especial do presidente da República. O general Heleno, brasileiro que dedicou sua vida ao serviço da pátria e que exerce as honrosas funções de comandante militar da Amazônia, a que ascendeu por seus méritos, serve à pátria na selva e não na Ilha da Fantasia. Como tal, tem conhecimento de tudo o que ocorre naquela esquecida região. O interesse nacional é eterno, está expresso na Constituição e transcende a qualquer efêmero período governamental.
HAROLDO BASTO CORDEIRO JUNIOR
(por e-mail, 18/4), Rio

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General Heleno, o sr. traçou em palavras claras o retrato das políticas adotadas por esse governo. São lastimáveis e caóticas em vários setores, não só no que diz respeito às reservas indígenas. O que realmente está faltando são vozes como a sua, já que a nação permanece adormecida em berço esplêndido. Nós, que amamos o Brasil, nos unimos à sua voz e esperamos que outras se levantem em defesa dos interesses do país.
ANA MARIA MASCARENHAS DE CARVALHO
(por e-mail, 18/4), Niterói, RJ
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