domingo, abril 20, 2008

CLUBE MILITAR SAI EM DEFESA DE GENERAL QUE IRRITOU LULA.

18/4/2008 15:12:00
Clube Militar sai em defesa de general que irritou Lula
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Rio - O Clube Militar divulgou agora na manhã desta sexta-feira uma nota oficial defendendo o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira. O oficial do Exército atacou a política indigenista do governo federal. Em seminário realizado quarta-feira na sede do clube na Avenida Rio Branco, Heleno disse que a política indigenista atual é "lamentável, para não dizer caótica". O general não quis se referir especificamente à reserva Raposa/Serra do Sol, no norte de Roraima, que gerou uma crise em agosto do ano passado culminando na exoneração do general Maynard Santa Rosa, então secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa.
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No entanto, o general Heleno criticou a separação de índios e não-índios, numa referência clara àquela região. No ano passado, a Polícia Federal preparou uma operação para retirar os não-indígenas da reserva e a ação foi suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal(STF).
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O presidente Lula manifestou irritação na quinta-feira com as declarações do general. Na nota divulgada nesta sexta pelo Clube Militar, o general Gilberto Barbosa de Figueiredo acusa o governo atual e os passados de fazerem opção pela segregação dos índios. "A política indigenista está longe de ser consensual, inclusive dentro do governo Lula. Há décadas que se discute se nossos índios devem ser integrados à sociedade brasileira ou se devem ser segregados. A escolha oficial, hoje, é pela segregação. Tal política não pode ser considerada sequer como deste governo, uma vez que vem sendo adotada já há algum tempo", diz o oficial.
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O presidente do Clube Militar vai mais além: "É estranho o Presidente da República pedir explicações sobre o caso. Não me consta que tenha adotado o mesmo procedimento quando ministros do seu partido contestam publicamente a política econômica do governo. Aliás, uma das poucas coisas que estão funcionando coerentemente nessa época em que atitudes voltadas para produzir impacto em palanque são mais importantes que a ética e a moralidade na condução das ações politicas".
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