Publicada em 07/04/2008 às 09:12
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Relatório do Exército revela envolvimento de três ex-militares no tráfico na Providência
Relatório do Exército revela envolvimento de três ex-militares no tráfico na Providência
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Marco Antônio Martins - Extra
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RIO - O Exército descobriu que três ex-militares que integraram suas tropas fazem parte da quadrilha de traficantes do Morro da Providência - justamente a favela ocupada há três meses pela Força para garantir as obras do projeto Cimento Social. O programa prevê reforma de 782 casas da favela .

RIO - O Exército descobriu que três ex-militares que integraram suas tropas fazem parte da quadrilha de traficantes do Morro da Providência - justamente a favela ocupada há três meses pela Força para garantir as obras do projeto Cimento Social. O programa prevê reforma de 782 casas da favela .
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O EXTRA teve acesso ao levantamento feito pelo Comando Militar do Leste (CML) que identificou os ex-militares. Dois deles são ex-soldados; o outro, um ex-cabo do Exército. Um dos supostos envolvidos seria um ex-soldado, de 20 anos, que no Morro da Providência é conhecido pelo apelido de Jacaré.
O EXTRA teve acesso ao levantamento feito pelo Comando Militar do Leste (CML) que identificou os ex-militares. Dois deles são ex-soldados; o outro, um ex-cabo do Exército. Um dos supostos envolvidos seria um ex-soldado, de 20 anos, que no Morro da Providência é conhecido pelo apelido de Jacaré.
Outro ex-soldado que atua no tráfico foi expulso do Exército em 2002. Ele é um ex-integrante da Brigada Pára-quedista, que seria próximo dos irmãos traficantes Leonardo e Evanílson Marques da Silva, respectivamente, Sapinho e Dão, ambos presos.
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Presa fácil para o crime
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Outro que integraria o grupo seria um ex-cabo, de 25 anos. O ex-militar, que mora no morro, é chamado de Cabo Armeiro por ser responsável pela manutenção e conserto das armas dos traficantes da Providência.
Outro que integraria o grupo seria um ex-cabo, de 25 anos. O ex-militar, que mora no morro, é chamado de Cabo Armeiro por ser responsável pela manutenção e conserto das armas dos traficantes da Providência.
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O ex- cabo é responsável pelas instruções para o manuseio de fuzis e pistolas do tráfico. Ele é considerado um desertor pela Força.
- É uma coisa que a gente corre risco. O soldado passa anos e quando deixa a Força se torna uma presa fácil para o crime, pelo problema de empregos no país - disse o general Williams Soares, coordenador da ocupação na Providência .
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Crivella nega ter assessor
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Na edição de domingo, o EXTRA revelou que durante uma reunião, no Morro da Providência, um dos participantes falou (ouça o áudio) a três oficiais do Exército que traficantes teriam garantido que "não haveria qualquer retaliação desde que não fossem incomodados". O caso é descrito em um relatório confidencial da Força Armada e aponta como interlocutor dos criminosos um assessor do senador Marcelo Crivella, chamado de Eduardo.
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O senador é responsável por obter as verbas para a reforma de 782 casas, no programa Cimento Social. Crivella negou o fato.
- Não tenho assessor no morro - limitou-se a dizer o senador.
.No sábado, durante a visita do ministro das Cidades, Márcio Fortes, dois homens se apresentaram aos jornalistas como assessores do senador Crivella.
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FONTE: http://extra.globo.com/rio/materias/2008/04/06/relatorio_do_exercito_revela_envolvimento_de_tres_ex-militares_no_trafico_na_providencia-426717663.asp
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