segunda-feira, janeiro 18, 2010

BRASIL PODE AMPLIAR NÚMERO DE SOLDADOS NO HAITI, DIZ EXÉRCITO

18/01/2010 - 17h56



BRASIL PODE AMPLIAR NÚMERO DE SOLDADOS NO HAITI, DIZ EXÉRCITO

Maurício Savarese


Do UOL Notícias


Em São PauloAs tropas brasileiras no Haiti poderiam aumentar para atender aos esforços de reconstrução do país depois do terremoto da semana passada, disse nesta segunda-feira (18) o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri.
 
Na nação caribenha, onde dezenas de milhares de pessoas morreram por conta do tremor, há 1.266 soldados presentes desde o início dos esforços de pacificação, em meados de 2004.


"Temos condições de dobrar o nosso efetivo no Haiti", disse o general em entrevista a jornalistas. "Não tivemos nenhum problema com aqueles que estão em vias de embarcar. E já iniciamos o treinamento para o próximo contingente, que vai substituir o contingente que nem chegou lá ao Haiti. Não temos nenhum movimento de desistência de voluntários."


Mais cedo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ao Conselho de Segurança que amplie a missão de estabilização no Haiti com mais 3.500 soldados para reforçar a segurança e melhorar a distribuição de assistência no país. A Minustah, força de manutenção da paz do organismo no Haiti, tem atualmente cerca de 9.000 soldados e policiais no país e é liderada por um comandante brasileiro.


A ampliação das forças do Brasil depende de um pedido do governo federal e da autorização do Congresso. Pelo menos 16 homens do Exército morreram no incidente e dois continuam desaparecidos sob os escombros do hotel onde funcionários das Nações Unidas trabalhavam para pacificar o país mais pobre das Américas.


Os corpos dos brasileiros já encontrados devem chegar a Brasília na próxima quarta-feira, de acordo com o comandante, e receberão honras militares - incluindo a provável presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O militar informou que os soldados brasileiros poderiam participar em especial dos esforços de policiamento da capital haitiana. A experiência com um dos bairros mais violentos da cidade devastada, a Cite Soleil, serve como referência.


"Ali nós tínhamos de conquistar a confiança. Graças à natureza dos brasileiros nós conseguimos. Essa parte já está feita e facilita o que vem depois. Mas o tipo de contingente que vamos mandar depende das solicitações que forem feitas", afirmou. "Também temos muita gente de engenharia para ajudar."

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