sábado, janeiro 16, 2010

MILITAR ADMITE QUE BRASIL PODE ENVIAR MAIS TROPAS AO HAITI.

MILITAR ADMITE QUE BRASIL PODE ENVIAR MAIS TROPAS AO HAITI



Sáb, 16 Jan, 02h56



Um militar membro da força de paz do país verifica os sinais vitais de um homem resgatado dos escombros três dias após o terremoto que devastou Porto Príncipe, no Haiti, 15 de janeiro de 2010. O Brasil poderá enviar mais tropas para a missão que atua no Haiti, considerando a devastação causada no país pelo terremoto do início desta semana, admitiu uma autoridade militar brasileira neste sábado, 16 de janeiro de 2010.
REUTERS/Eduardo Munoz

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil poderá enviar mais tropas para a missão que atua no Haiti, considerando a devastação causada no país pelo terremoto do início desta semana, admitiu uma autoridade militar brasileira neste sábado.


"A Defesa trabalha com essa possibilidade, embora não possa confirmar no momento. Vai depender do que a situação vai exigir", afirmou a jornalistas o contra-almirante Paulo Zuccaro, subchefe do Comando do Estado Maior, ao ser questionado sobre o assunto.


Ele disse que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica possuem tropas de prontidão para o caso de necessidade e lembrou que, quando o terremoto ocorreu, a força brasileira se preparava para uma troca de contingente.


"Estamos em condições de reiniciar o revezamento (de contingente)", acrescentou.


O Brasil, que lidera a missão de estabilização criada em 2004 para restaurar a ordem no Haiti, conta com mais de 1.200 militares naquele país.

O terremoto de terça-feira matou 14 militares brasileiros, além da coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.


Ainda não há previsão de chegada dos corpos dos militares ao Brasil. O corpo de Zilda Arns já está em Curitiba, com enterro previsto para o final da tarde deste sábado.


COOPERAÇÃO


Ao comentar declaração do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que esteve no Haiti e defendeu a presença de militares brasileiros no país por pelo menos mais cinco anos, o embaixador Antônio Simões considerou a avaliação do ministro de "respeitável".


"É difícil saber como o roteiro vai se desenvolver. O terremoto criou uma situação em que as tropas são mais necessárias e durante mais tempo", disse a jornalistas Simões, autoridade do Itamaraty para a América do Sul.


Já o general Jorge Félix, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, afirmou que o Brasil está atuando em duas frentes --o auxílio humanitário e a força de paz-- e que é importante diferenciar as atividades, que em um primeiro momento podem parecer as mesmas.


A declaração foi dada quando ele respondia a uma pergunta sobre se o Brasil temeria perder a liderança da operação no Haiti, com os Estados Unidos enviando para o país mais soldados, que devem somar cerca de 10 mil na segunda-feira.


O embaixador completou: "Acho que existe um clima de harmonia e entendimento, antes de pensar em burocracia, temos de pensar em atendimento. A preferência do governo brasileiro é ajudar o povo do Haiti".


Simões acrescentou que somente mais adiante será pensado se há necessidade de se adequar o mandato do Brasil. "Não podemos parar para discutir questões burocráticas."


O general Félix ressaltou que, após o Brasil enviar ao Haiti itens de primeira necessidade, como água potável, alimentos e medicamentos, agora vai adotar a sistemática de mandar aos haitianos apenas o que for solicitado.


"Não estamos mandando o que queremos, estamos mandando o que eles necessitam", disse ele, explicando que isso tem o objetivo de otimizar o trabalho, evitando o envio de produtos que não são necessários.


Dois voos estão partindo do Rio neste sábado com destino ao Haiti, e as autoridades brasileiras esperam que os aviões não tenham tanto problemas para pousar no país como ocorreu recentemente.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/100116/manchetes/manchetes_haiti_ajuda_brasil_tropas

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