segunda-feira, março 03, 2008

A LENDA DA III LEGIÃO ROMANA.


A III Legião Augusta, criada e subordinada por César Augusto, o Júlio César, era a sua melhor e mais temida legião. Esta legião amava o imperador e o imperador romano lhe devotada toda estima, da qual ele somente admitia a perfeição nas batalhas. Porém, numa batalha contra as tribos revoltosas da Numíbia e Mauritânia, a legião sofreu grandes perdas, e teve que recuar. Júlio César, tanto que amava esta legião, da qual só admitia a perfeição, que resolveu puni-la com a décima de suas tropas, ou seja, a cada 10 soldados um deveria ser morto. E assim foi feito.


A III Legião, envergonhada, dispersou-se e foi habitar em esconderijos nas florestas e bosques do império romano. Depois de perseguidos pela deserção geral, viraram mendigos e ladrões das florestas. Os camponeses os consideravam como espíritos amaldiçoados das florestas.

Posteriormente, Otávio, sobrinho e Júlio César, na luta contra o governo temporário de Marco Antônio, sob o conselho temeroso de Cícero, descobre na biblioteca deste filósofo o registro da história da III legião perdida que tinha como símbolo um tridente (indicava o próprio III). Temeroso, vai às florestas em busca da III Legião para convocá-la em nome de seu tio.

Depois de quase ser linchado, a III Legião lembra do zelo e amor de César por si mesma, resolve lutar por Otávio contra as legiões subordinada a Marco Antônio, para assim resgatar sua dignidade da legião mais valente que já existiu. Durante a batalha, as legiões que apoiavam Marco Antônio ao ouvirem sobre a III Legião lendária, temeram e passaram para o lado de Otávio em nome de Júlio César. Assim a III Legião resgata sua honra e então Otávio se torna o novo imperador de Roma.

Vejo nesta lenda uma metáfora daqueles que um dia serviram ao exército brasileiro, foram os melhores soldados que puderam ser, defenderam e se fizeram a glória do exército. Mas mesmo assim, eles tiveram que ser punidos com a “décima”, a saída compulsória, não por culpa do comandante ou do Estado, mas pelas regras do jogo. Por uma fatalidade, o tempo, os bravos soldados da PE tiveram que abandonar aquilo que eles mais amavam para viveram ocultos e degradados na floresta que agora é de pedra. O tridente? Ainda é o nosso símbolo. O E de PE relembra o emblema da III Legião. Mas mesmo com a honra de soldados subestimada. Estes soldados estão prontos, a qualquer hora, em qualquer momento de suas vidas, a resgatarem esta honra no cumprimento do dever. Assim, o Brasil precisa saber que pode contar com uma III Legião Brasileira de soldados que amam, mas que estão tristes por não servirem no efetivo oficial, seja a missão e situação que for.


Se você que está lendo sente-se parte desta grande e poderosa legião, sempre que tiver oportunidade fale dela, relembre seus feitos e heroísmo, mesmo que hoje esteja deserdada de suas fileiras. Pois da oculta selva de pedra ainda podem se reorganizar e defenderem seu quinhão.

Ave, III Legião Brasileira! Ave, os PEs!


Addson Costa – ex-CB-PE - 7º PEL PE (Natal-RN) 1990/1995.

4 comentários:

  1. Isso não é lenda. Isso é fato. A III realmente existiu.

    ResponderExcluir
  2. A III realmente existiu, isso não é a lenda...
    A lenda é sobre a batalha, a punição, e o desaparecimento e retorno glorioso...

    ResponderExcluir
  3. Guerreiros..somente agora ive a oportunidade de conhecer este blog.
    Tive a honra e a mais nobre distinção de minha vida: fui e sempre serei um PE.

    Fui "cachorrão" em Porto Alegre, em 1980.

    Excelente blog.

    Uma vez PE,sempre PE!!

    ResponderExcluir
  4. É uma honra e um grande prazer formar fileiras com você irmãos de arma.
    ,,,és nobre infataria das armas a rainha !
    Sinto agora o mesmo vigor daquele jovem terceiro sargento
    Salve a ''terceira ''
    >>> Stf

    ResponderExcluir