quarta-feira, março 05, 2008

TAM ESTÁ FAZENDO VÔOS PARA LEVAR ARMAS BRASILEIRAS PARA CHAVEZ


Na prática o governo do PT tomou Partido da Venezuela, do coronel Hugo Chavez, o que se percebe claramente pela condenação aos atos de defesa da Colômbia, sem clara condenação das hostilidades praticadas pelas FARC e da omissão do governo do Equador quanto ao uso do seu território para empreender ações contra Bogotá.
. Além dessa defesa política, o governo Lula resolveu suprir o governo Chavez com armas, conforme foi denunciado ontem no Senado.
. A TAM transportou armas leves e insumos para fabricar gás lacrimogêneo, portanto transportou ferramentas mortíferas para que Chavez empregue contra seu próprio povo e seus opositores, que começaram a ganhar corpo nas críticas ao seu governo por se meter num assunto para o qual não foi chamado.
. Apesar dos desmentidos do ministro da Defesa, Nelson Jobim, persistem as denúncias de que a TAM fez quatro vôos para Caracas, com o intuito de transportar armamento mais pesado para ajudar Chavez.
. O Brasil não tem nada a ver com essa guerra e se tiver que tomar Partido, precisa ficar ao lado da Colômbia, porque ela enfrenta terroristas que a atacam de dentro, contando com o apoio de governos estrangeiros, conforme provas recolhidas no acampamento destruído no Equador.


LEIA a notícia a seguir do Valor de hoje:
JOBIM DESMENTE ENVIO DE ARMAS PARA A VENEZUELA
Raymundo Costa
05/03/2008Preocupações com a repercussão internacional da denúncia levaram ontem o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao Senado para desmentir o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), que discursara sobre um suposto esquema de fornecimento clandestino de armas do Brasil para a Venezuela. Jobim reconheceu remessas legais de munição e de matéria-prima para a fabricação de gás lacrimogêneo. O ministro da Defesa foi alertado sobre a denúncia pelos líderes do governo no Congresso e decidiu imediatamente dar explicações aos senadores.
O transporte das armas, segundo a denúncia, teria sido feito pela TAM. À noite, a empresa divulgou uma nota. Diz que, a pedido do Ministério da Defesa, realizou, "em caráter de urgência, uma pesquisa em seus registros dos últimos 15 dias, sem encontrar nenhuma exportação de armas". Em seguida, "iniciou buscas nos dias anteriores, localizando uma exportação de uma carga de revólveres Taurus para um importador venezuelano, totalizando 1.329,4 kg".
Na conversa com os líderes partidários, realizada no gabinete do presidente do Senado, Garibaldi Alves, Jobim deu a entender que as Forças Armadas brasileiras reforçaram a vigilância na Amazônia em razão do conflito envolvendo Colômbia, Equador e a Venezuela. A pergunta sobre o reforço da vigilância foi feita pelo senador Eduardo Azeredo (PSB-MG). O ministro disse que responderia pessoalmente, o que foi entendido por todos como uma confirmação.
Em seu discurso, à tarde, Virgílio atribuiu suas informações a uma empresa de inteligência denominada World-Check, segundo as quais quatro vôos secretos da TAM foram programados entre os dois países, sendo que o primeiro já teria decolado com uma tonelada e meia de armamentos, e os outros três levariam dez toneladas cada.
Segundo a empresa de inteligência, o tipo de armamento enviado e por enviar era desconhecido, mas a estimativa era de que entre 50 mil e 70 mil unidades seriam levadas e entregues a Hugo Chávez, nos quatro carregamentos.
Jobim chegou ao Senado cercado de militares de alta patente. Numa conversa breve, ele disse aos líderes partidários de que o Brasil não enviara armamentos para a Venezuela de forma ilegal. "A notícia não tem nenhuma procedência", disse Jobim. Segundo o ministro, o que houve para a Venezuela foram pequenas remessas de balas de borracha, munição para pistiolas Taurus e matéria-prima para a fabricação de gás lacrimogêneo.
Um dos senadores presentes, Flexa Ribeiro (PSDB-PA), questionou a segurança do transporte de munição em vôo comercial. O ministro ficou de enviar mais informações para o Senado, mas mesmo a oposição se deu por satisfeita com as explicações. "Foi positiva a vinda dele", disse o senador Tasso Jereissati. Virgílio, que foi informado sobre a publicação da empresa World-Check por um funcionário do Palácio do Planalto, fez um novo discurso, no qual esclareceu que fizera a denúncia "sob ressalvas". Mas não gostou muito do que ouviu de Jobim: o tipo de material vendido à Venezuela se presta "à repressão de civis pela milícia chavista".

O QUE DIZ
a Folha de S. Paulo
O jornalista Clóvis Rossi bateu no ponto certo, no seu artigo na FSP: têm muita gente de "saia justa" neste caso das FARC. Gente que vai pra rua berrar pela violação de direitos humanos quando o que as FARC fazem há anos é feito pelos americanos ou por alguém da direita. Devem ter o rabo preso: abre a boca e apresentam os recibos das doações, tipo aquela dos US$ 5 milhões que a ABIN está careca de saber. Como diz o Rossi: "O que chama especialmente a atenção nesses episódios é o silêncio, denso, das mulheres que se dizem de esquerda".

CLÓVIS ROSSI
UM SILÊNCIO NADA INOCENTE
MADRI - Dizem que o presidente equatoriano, Rafael Correa, exige desculpas muito claras da Colômbia para voltar atrás em sua decisão de romper relações com o vizinho. É justo.
Mas também é justo que Correa peça desculpas aos colombianos -mais que ao governo da Colômbia- por ter permitido o "passeio" de reféns das Farc pelo Equador, conforme depoimento de um dos seqüestrados recentemente libertado. Ou, posto de outra forma: o Exército colombiano invadir território do Equador é condenável, mas as Farc adotarem o mesmo comportamento é aceitável?
Nesse conflito sul-americano que tem facetas bem macondianas, até pelos personagens envolvidos, um fato precisa ficar bem nítido e claro: luta armada contra um governo legítimo é intolerável. Apoiá-la é apoiar igualmente todas as violações aos direitos humanos praticados pelos delinqüentes das Farc, violações que ganharam a atenção da mídia a partir da libertação recente de alguns reféns, mas que são cometidas -eventualmente até piores- há muitíssimos anos contra muitíssimos reféns. O que chama especialmente a atenção nesses episódios é o silêncio, denso, das mulheres que se dizem de esquerda. Tiveram papel relevante, no Brasil, na luta pelo respeito aos direitos humanos. Como é que silenciam agora, quando há tantas barbaridades praticadas por um grupo que se diz de esquerda, mas é apenas criminoso?
Tratamento desumano a prisioneiros, quando praticado por ditaduras de direita, é inaceitável, óbvio. Mas vale quando praticados por "companheiros de rota"? Ou essas mulheres, como o presidente Hugo Chávez, respeitam o "projeto político" das Farc, o que inclui respeitar torturas, seqüestros e assassinatos? Abu Ghraib não pode, mas "cárcere do povo" na selva, com idênticas torturas, pode?

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