sábado, dezembro 25, 2010

SERVIÇO MILITAR AMERICANO

EUA: 23% DOS ESTUDANTES É REPROVADO EM EXAMES DO EXÉRCITO
22 de dezembro de 2010 • 16h49 • atualizado às 17h44

AFP

Quase um quarto dos estudantes de ensino médio americano que querem ingressar no exército é reprovado em inglês, matemática e outras disciplinas dos exames admissionais, segundo um relatório do grupo de análises sobre questões educativas Education Trust.

Em quase 350 mil jovens estudantes secundaristas diplomados que dispunham das capacidades físicas requisitadas e que procuraram o exército entre 2004 e 2009, 23% foram reprovados nos exames admissionais, segundo o relatório que a AFP tomou conhecimento nesta quarta-feira.

A bateria de provas impostas pelo Pentágono abrange nove disciplinas diferentes, entre elas ciências, cálculo (se uma roda gira 552 vezes por minuto, quantas rotações ocorrerão em meia hora?), vocabulário, compreensão de textos e ainda conhecimentos básicos em mecânica e eletrônica.

"Assim como elas fracassam ao preparar inúmeros jovens para as universidades ou para um cargo público, as escolas secundárias não conseguem prepará-los, particularmente os jovens afro-americanos, para uma carreira militar", lamentou o relatório.

A proporção de jovens que não passam nos testes é ainda maior nas minorias: se 16% de jovens brancos são reprovados, a taxa sobe para 29% para os hispânicos e 39% para os negros americanos. Quando o candidato passa no exame, a nota obtida também é importante, já que ela determina qual posto o recruta poderá ocupar e quais serão suas perspectivas de carreira no exército.

Para que o exército pague as mensalidades da universidade em troca do alistamento, por exemplo, uma pontuação mínima é exigida. Cerca de 68% dos brancos obtêm uma nota suficiente para isto, contra 49% dos hispânicos e 40% dos negros americanos.

Para os professores de ensino médio, esses resultados "derrubam o mito de que os estudantes que não têm bom desempenho escolar terão uma segunda chance de ser bem-sucedido no exército", segundo Kati Haycock, presidente do Education Trust.

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