sábado, março 15, 2008

UM DIA PELA DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA

14/03/2008 19h04
UM DIA PELA DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA
Da Redação - Graciana feitosa



Doadores poderão se cadastrar no Hall Monumental da Assembléia, das 9 às 18h.

Nesta segunda-feira, 17/3, membros do Hospital de Câncer de Barretos (HCB), em parceria com a Ordem DeMolay, estarão cadastrando doares de medula óssea na Assembléia Legislativa.

De acordo com Naima Khatib, coordenadora do departamento de captação de doares do hospital, o Brasil tem 530 mil pessoas cadastradas. “Número ainda pequeno”, considera. Nosso objetivo é aumentar o número de cadastrados”, explica. Um dos fatores que restringe o número de doadores é a falta de conhecimento. Naima conta que a chance de conseguir doador na família é de apenas 25%, e 70% das pessoas recorrem ao banco de cadastramento, mas a possibilidade de encontrar doador compatível é de apenas uma em um milhão. Segundo o HBC, 1.100 pessoas aguardam na fila de espera. “Isso se deve ao fato de o Brasil ser muito miscigenado. Em países com os EUA, as chances de compatibilidade são maiores”, esclarece Naima. O transplante é para quem tem leucemia ou aplasia medular (doença do sangue).

Qualquer pessoa que tem boa saúde e idade entre 18 e 55 anos pode ser doadora. Há restrição apenas às pessoas que têm câncer ou são portadoras do vírus HIV. Transplante autogênico ou alogênico Existem dois tipos doação: a autogênica, em que a pessoa doa para si mesma, quando ainda há células boas no organismo, e a alogênica, quando a pessoa não tem mais células boas e precisa de um doador. O cadastramento é simples: são coletados 10ml de sangue, que segue para exame de histocompatibilidade genética (HLA). Depois, o resultado vai para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), pertencente ao Instituto Nacional de Câncer (Inca), com sede no Rio de Janeiro. Neste banco de dados, países de todo o mundo têm acesso. Formas de coletar a medula óssea Se houver compatibilidade, o doador será contatado e passará por uma avaliação. Feito isso, o médico e o doador decidem qual a melhor maneira de coletar a medula óssea. Pode ser através da punção direta da medula óssea, realizada com agulha, na região da nádega, de onde se retira uma quantidade de medula equivalente a uma bolsa de sangue. O procedimento dura 40 minutos e é feito com anestesia. O doador fica em observação por um dia e pode retornar para casa no dia seguinte.

A outra forma é através da punção da veia, em que o doador recebe um medicamento por 5 dias que estimula a proliferação das células-mãe. Elas migram da medula para as veias e são filtradas. A filtração dura em média 4 horas. A doação não oferece riscos à saúde, pois a medula retirada se recompõe em poucos dias. No último mutirão realizado pelo HCB em Santos, Praia Grande e São Vicente foram conseguidos 7.200 cadastros em dois finais de semana. O HCB e a Ordem DeMolay estão em parceria há um ano. Nos últimos três anos, 50 mil pessoas foram cadastradas. A Ordem DeMolay, segundo Naima, ajuda na divulgação e esclarecimento do processo, para que as pessoas não tenham dúvida e nem medo de se cadastrar. “O que pedimos aos cadastrados é que sempre mantenham seus dados atualizados.

Seria frustrante encontrar um doador compatível e não conseguir localizá-lo”, diz a coordenadora. O cadastramento ocorrerá no Hall Monumental da Assembléia, das 9 às 18h. Lá, estarão enfermeiros e auxiliares para fazer o cadastramento e a coleta de sangue. A iniciativa é do deputado Bruno Covas (PSDB).

Mais informações podem ser obtidas através do HBC: www.hcancerbarretos.com.br, fone (17) 3321-6600 , ramal 6814, ou da Ordem DeMolay: www.demolaysp.com.br

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